
Após quatro anos de imbróglio judicial, a Faculdade Dulcina de Moraes poderá eleger um novo conselho de curadores para administrar o centro de ensino. O edital que regula o processo eleitoral foi divulgado no site da instituição.
Para tentarem uma vaga no conselho, os candidatos devem ter ensino superior, comprovada experiência em artes e “absoluto histórico de idoneidade moral”. Além disso, fica vedada a participação de antigos dirigentes da instituição que já tenham sido afastados.
Os interessados deverão enviar toda documentação (dados pessoais e currículo) até 31 de agosto. A divulgação dos candidatos selecionados ocorrerá no dia 14 de setembro.
Problema judicial
O imbróglio só começou a se resolver quando o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) nomeou Débora Aquino como a nova interventora da Faculdade Dulcina de Moraes e da Fundação Brasileira de Teatro (FBT). O nome da antiga coordenadora da Funarte era consenso entre o Movimento Dulcina Vive e os professores da instituição.
Débora assume o lugar deixado pela advogada Vanessa Ribeiro, afastada do cargo em abril após entrar em rota de colisão com estudantes e professores. A nova interventora será a responsável por conduzir as eleições e dar posse ao Conselho Gestor.
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Em fevereiro, o Movimento Dulcina Vive realizou uma assembleia com a comunidade local e decidiu ocupar o prédio que abriga a FBT e a Faculdade Dulcina de Moraes. Os estudantes da instituição e membros da comunidade artística alegavam que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) não estaria cumprindo as regras para a eleição do Conselho de Curadores — responsável por gerir a instituição.
A principal reivindicação do movimento era a presença da comunidade artística no Conselho. No entanto, a interventora judicial nomeada pelo MPDFT, Vanessa Ribeiro, se recusou a receber os alunos.
Vanessa é uma das delatoras da Operação Acrônimo e trabalhava como secretária de Benedito Rodrigues de Oliveira Neto. O empresário, dono da Gráfica Brasil, é apontado como pivô de um esquema de desvio de dinheiro público e financiamento ilegal de campanha, entre elas a de Fernando Pimentel (PT-MG) e da ex-presidente Dilma Rousseff.