Digitalização avança, mas falta capacitação

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Digitalização avança, mas falta capacitação
Pandemia acelerou processos da economia digital no Brasil. Crédito da foto: Divulgação

Apesar de a pandemia ter acelerado a digitalização da economia, a baixa velocidade da banda larga e a falta de mão de obra especializada em tecnologia deixam o País pouco competitivo em economia digital. A análise é do professor Carlos Arruda, coordenador no Brasil do Ranking Global de Competitividade Digital, da Fundação Dom Cabral em parceria com a escola de negócios IMD, da Suíça, e apoiado pelo Movimento Brasil Digital. “Há um longo caminho a percorrer quanto à disponibilidade de infraestrutura digital e de gente qualificada no Brasil, apesar de já se notar algum avanço”, afirma Arruda. Isso porque o Brasil subiu seis casas na comparação com a edição do ano passado, para a 51ª posição dentre 63 países.

O País melhorou em alguns quesitos, como Conhecimento e ficou estável em Tecnologia e Prontidão para o futuro. As melhorias aconteceram graças a novos centros de pesquisa em temas como inteligência artificial e internet das coisas, tanto no âmbito acadêmico quanto corporativo. Também houve avanços em estrutura regulatória, capital e agilidade para negócios.

De todos os quesitos avaliados, o Brasil se destacou mais em representatividade feminina em pesquisas científicas, na oitava posição, com 49% de pesquisadoras. Já as piores posições são quanto a qualificação de pessoal. Treinamento de mão de obra no digital não é prioridade para os entrevistados — e o Brasil ficou em 59º lugar na categoria. Ao mesmo tempo, em disponibilidade de mão de obra qualificada o País ocupa a posição 62, dentre as 63 nações participantes.

Os resultados do relatório são construídos a partir da combinação de informações obtidas anualmente junto a empresários com dados estatísticos de organizações internacionais. Este ano, Brasil conseguiu seu melhor desempenho no relatório: começou em 54º lugar, depois caiu para a 55ª posição em 2017 e então ficou na 57ª, em 2018 e 2019.

No topo do ranking, estão os EUA, seguidos por Cingapura. A Dinamarca ultrapassou a Suécia, e em quinto lugar veio Hong Kong. Na América Latina o destaque é o Chile, em 41º, tendo avançado uma posição nesta edição. (Luana Pavani – Estadão Conteúdo)

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