Médico de Marcelo Rezende não tinha licença para trabalhar, diz Record

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    Edu Moraes/Record

    O programa “Domingo Espetacular” afirmou em uma reportagem de sua última edição, no dia 1º/10, que o médico Lair Ribeiro, que trocou ligações e mensagens com Marcelo Rezende até próximo da morte do jornalista, não tem licença para clinicar ou dar consultas em São Paulo.

    A reportagem afirma que ele teria indicado a médica Kátia Nakazone para seguir com o tratamento alternativo que tentaria vencer o câncer no pâncreas e fígado que o afligia. O jornalista, que morreu em 16 de setembro, ia às segundas-feiras encontrar a profissional, que tem registro de ginecologista em Ribeirão Preto.

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    “Lair recebeu Marcelo no dia 13 de maio. Uma testemunha disse que ele deveria largar a quimioterapia e que até setembro, com a dieta cetogênica, estaria curado”, diz a matéria. Rezende havia decidido pela terapia alternativa após submeter-se a uma forte sessão de quimioterapia e, mesmo assim, ter recebido a informação de que suas chances de cura eram menores que 1%.

    Didi, que era funcionária de Marcelo, também falou com a reportagem, quando garantiu que houve outro encontro com Lair. “Primeiro a esposa do Lair esteve aqui e, depois do feriado de 7 de setembro, Marcelo recebeu o Lair. Eu que recebi ele na porta, levei ao quarto. Eles se falavam muito no telefone, com bastante frequência. O Marcelo ligava e ele (Lair) também”, disse ao “Domingo Espetacular”.

    Mensagens e alerta

    O programa mostrou, até mesmo, mensagens e ligações feitas entre os dois médicos e o jornalista. No celular pessoal de Marcelo foram encontradas conversas com Kátia nas quais ela o estimulava a continuar no tratamento e garantia que o tumor estava sob controle. “No dia 11 de setembro, ele passou a implorar por morfina, por causa das dores abdominais insuportáveis. O câncer tomou por completo o pâncreas, o fígado e avançou para o abdômen. Marcelo também tinha pneumonia e infecção na perna, quadro irreversível”, segue a reportagem.

    A médica não quis conversar com a reportagem. O “Domingo Espetacular” afirma que ela mandou sua equipe colher todos os medicamentos da casa de Marcelo assim que ele foi internado. Além disso, afirma a matéria, o filho do ex-apresentador, Diego, recebeu um telefonema no qual Kátia garantia que, caso ele não tomasse o soro preparado por ela, morreria em dois dias.

    Lair Ribeiro fez a seguinte declaração sobre o caso: “Apesar da extrema malignidade da doença, ele viveu quatro meses após o diagnóstico, informando sobre sua resiliência e seu estado de saúde nas redes sociais. Esclareço com isso que todas as informações que relacionam meu nome com esse caso são apenas especulações”.

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