Em semana decisiva, futuro do MDB no Distrito Federal está em jogo

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    A disputa pelo comando do MDB no Distrito Federal chega a momento decisivo. Filiados estimam que nesta semana sairá decisão do presidente nacional da legenda, Romero Jucá, sobre o pedido para intervenção no diretório local.

    Em 24 de abril, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, pediram a suspensão das eleições para a direção brasiliense da sigla, em 6 de maio. Eles argumentam que a data fere o estatuto do partido, o qual só previa escolha do novo comando no segundo semestre deste ano.

    Os chefes dos poderes Executivo e Legislativo da capital da República também solicitaram ao cacique nacional a dissolução do diretório, encabeçado pelo ex-vice-governador Tadeu Filippelli.

    Ibaneis e Prudente querem a nomeação de uma comissão provisória. “A fim de que seja realizada nova convenção para escolha do novo diretório dentro de 90 dias”, argumentam os dois em requerimento. O governador defende Prudente como novo presidente do MDB-DF, por considerá-lo um nome de renovação dentro da legenda.

    Jucá disse, em 25 de abril, que é preciso fortalecer o MDB. “A presença do governador e do presidente da Câmara são importantes. Vou procurar uma solução de entendimento”, acrescentou.

    No atual mandato, Filippelli está à frente do MDB-DF desde outubro de 2015. O emedebista evita tecer comentários sobre o assunto, limitando-se a dizer, até o momento, que ficou sabendo do pedido por meio da imprensa. Nesse sábado (27/04/2019), afirmou não haver nenhum fato novo. Conforme registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o comando de Filippelli tem vigência até 31 de maio.

    Prudente ainda não se pronunciou além do documento, pois, segundo pessoas próximas a ele, considera essa uma questão interna do partido. Na quarta-feira (24/04/2019), Ibaneis assinalou não ter interesse em cargo na sigla.

    “Mas defendo que haja renovação e acredito que o Rafael [Prudente] deve ser o novo presidente. Ele preside a Câmara Legislativa e teve uma excelente votação. O Filippelli poderia ser um excelente conselheiro, até mesmo como presidente de honra”, declarou.

    Os pedidos também se baseiam no regulamento do MDB, que prevê a dissolução do diretório “quando o desempenho eleitoral não corresponder aos interesses do partido ou, a critério do órgão hierarquicamente superior, for considerado impeditivo do progresso e do desenvolvimento partidários”.

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