Guaidó sobre as Forças Armadas: “Militares não querem mais Maduro”

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    O líder opositor do governo da Venezuela e presidente autoproclamado do país, Juan Guaidó, afirmou nesta sexta-feira (03/05/2019) que continua em constante contato com os militares venezuelanos e não negou que a comunicação inclua o ministro da Defesa de Nicolás Maduro, general Vladimir Padrino López. As informações foram dadas durante entrevista ao jornal O Globo.

    Questionado sobre as críticas que recebeu de integrantes do governo de Jair Bolsonaro, Guaidó se mostrou compreensivo. Ele agradeceu a postura do Brasil “de apoio à democracia venezuelana” e afirmou que entende “o ponto de vista deles“. “Nos próximos dias teremos alguma comunicação para explicar melhor a situação, em termos gerais”, pontuou.

    Para o presidente da Assembleia Nacional, a chamada Operação Liberdade “continua em marcha” e a Venezuela vive “um dilema entre a vida e a morte, e Maduro é a morte”.

    Em relação às Forças Armadas do país, Guaidó afirmou que “os militares não querem mais Maduro”. “Se a fratura chegou até lá, chegou a comandantes, sargentos, militares na fronteira, até onde chega a fratura? Acho que não é mais uma fratura, é uma divisão completa. Existe uma evidente perseguição, existe medo”, disse.

    Confronto nas ruas
    Guaidó convocou a população para manter, nas ruas, a pressão contra Nicolás Maduro. “Seguimos na rua! Amanhã, sábado, às 10h, mobilizaremos as principais unidades militares em todo o país. Em paz, para seguir somando e sem cair em provocações. Fiquem atentos aos pontos de concentração que serão anunciados”, diz a publicação do interino, no Twitter, desta sexta-feira (03/05/2019).

     

    Desde terça-feira (30/04/2019), a população tem saído às ruas da capital venezuelana e outras cidades pelo país para protestar contra o governo de Nicolás Maduro. Guaidó convocou greve geral e afirmou que as manifestações continuam até a saída do atual presidente do poder, com o intuito de “acabar com a usurpação“.

    Nesta sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que cinco pessoas morreram nos confrontos. Três delas eram menores de idade. Outras 239 ficaram feridas após o levante popular.

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