Sem acordo, a greve dos metroviários continua na capital da República. Representantes dos trabalhadores e da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) se reuniram em audiência de conciliação nesta sexta-feira (03/05/2019), que acabou sem entendimento entre as partes.
O Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô-DF) solicitou reconsideração dos percentuais estabelecidos para funcionamento do transporte durante a paralisação, sob justificativa de que o sistema elétrico impede a circulação de 80% da frota atual. O Metrô-DF, por outro lado, quer estabelecimento da quantidade de trens funcionando em horário de pico.
As solicitações serão analisadas pela presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), responsável pela intermediação. As partes retomarão as negociações em nova audiência na segunda-feira (06/05/2019), às 14h.
A paralisação dos servidores começou nessa quinta-feira (02/05/2019), quando o Metrô-DF acionou a Justiça trabalhista. Segundo a empresa, a categoria estaria mantendo 30% do efetivo de empregados em atividade. Para o Metrô-DF, contudo, esse quantitativo é insuficiente para atender à demanda do serviço essencial e não garante o mínimo de dignidade à população do DF.
A Justiça do Trabalho acatou nesta sexta-feira (03/05/2019) o pedido e determinou, em caráter liminar, que o Sindmetrô-DF garanta efetivo para que 80% dos trens do sistema circulem nos horários de pico, enquanto durar a greve da categoria. Caso a ordem seja desrespeitada, a entidade deve desembolsar multa diária de R$ 100 mil.
No segundo dia de greve da categoria, o Metrô-DF começou as atividades na parte da manhã, às 5h30, e paralisou o funcionamento às 10h30. O serviço operou com 18 trens e só volta a rodar a partir das 16h30 desta sexta-feira (03/05/2019), indo até as 21h30.