Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados nesta semana quer proibir o uso da palavra carne e de sinônimos se não for em referência ao produto de origem animal. Com isso, “carne de jaca” e “bacon de soja” seriam proibidos nas embalagens. A ideia é evitar que o termo confunda o consumidor.
Na justificativa, o deputado Nelson Barbudo (PSL-MT), autor da proposta, aponta que a “terminologia carne vem sendo utilizada de maneira equivocada pela grande mídia e pela população, de forma geral, em produtos como ‘carne de laboratório’, feita através de células-tronco de músculos de bovinos, ‘picadinho’ e ‘filé’ de soja, originalmente a proteína texturizada do grão, ‘carne de jaca’, feita com a própria polpa da fruta, entre diversos outros exemplos”.
Para apresentar a proposta na última terça-feira (14/05/2019), o parlamentar se baseou em decisão da Assembleia Nacional Francesa, do ano passado, que optou pela proibição de “termos associados a produtos de origem animal para comercializar alimentos contendo uma proporção significativa de materiais à base de plantas”.
De acordo com o político, além de criar uma concorrência, “o consumidor é induzido a crer que, ao adquirir um produto de origem vegetal, está ingerindo alimento similar à carne quando, na verdade, está ingerindo extratos, polpas de frutas etc”, segundo ele sem o mesmo “caráter nutricional”.
Leia a íntegra do projeto de lei:
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