Mães reclamam de obras e de salas lotadas em CEI

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Mães reclamam de obras e salas lotadas em CEI
Piso será feito nas salas que recebem obras no CEI. Crédito da foto: Acervo Pessoal

As crianças matriculadas no Centro de Educação Infantil (CEI-16) Profa. Beatriz de Moraes Leite Fogaça, ao lado do terminal Santo Antonio, estão sendo recebidas em salas superlotadas, segundo as mães, por conta de reformas que estão acontecendo na unidade.

No ano passado, conta a empresária Emanuelli Lambert Fischer, 36 anos, que tem um filho de 2 anos que frequenta a creche, a média era de 13 a 15 crianças por sala, com professora e dois auxiliares. Neste ano, diz, há 27 alunos em cada turma e devido a troca de piso em algumas salas, a direção está aglomerando as crianças nos locais que não há obras. “Tem mais de 70 alunos juntos e então muitas mães não estão levando e se virando como podem para garantir a segurança dos filhos”, disse.

Questionada sobre o número elevado de crianças por sala e a falta de profissionais, a Secretaria de Educação (Sedu) negou que houve redução de pessoal e disse que as salas “possuem quantidades que variam entre 19 e 27 estudantes”. A pasta disse ainda que o CEI-16 tem cinco salas de etapa creche, “que atualmente conta com oito professores e dez auxiliares de educação”. Para a próxima quinta-feira (20) a secretaria informou que oito estagiários devem começar a trabalhar na unidade.

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Mães reclamam de obras e salas lotadas em CEI
Cardápio: pão e leite puro. Crédito da foto: Acervo Pessoal

Dentro do CEI, conta Emanuelli, há muita poeira causada pela obra e isso é prejudicial aos pequenos. Ela disse que as professoras e a direção da escola informaram pelo WhatsApp que estão dispensando as crianças — tanto do período integral quanto as matriculadas no turno da tarde — às 15h45, justamente por conta da situação que se encontra o prédio. “Quando voltaram as aulas eles disseram que a troca do piso seria finalizada na quarta-feira. Ontem (quinta-feira) já me falaram que não há previsão de término e por isso as crianças estão saindo antes”, relata.

Outra mãe, que preferiu não ter o nome divulgado, conta que a filha de 2 anos e meio sofre de asma e outros problemas respiratórios e por isso não está levando a criança para a unidade. “Eu trabalho, mas precisei pensar em um plano B por conta dessa obra, que poderia ter sido feita durante as férias. Ela está ficando com as avós enquanto a situação não é normalizada”, afirma.

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Refeições

As refeições servidas aos alunos também preocupam, já que diferente do ano passado, quando as crianças recebiam sopas, em 2020, dizem as mães, alunos que não são do período integral recebem apenas pão, leite puro e uma fruta. “As crianças que passam o dia recebem comida de verdade, mas para os que ficam só de manhã ou só à tarde todo dia é só pão sem nada ou bolo. Tenho certeza que isso não é o ideal”. A Sedu também negou a situação e disse que orienta as unidades escolares conforme o cardápio disponível no site da pasta, que é assinado por uma nutricionista.

Sobre a troca de pisos em andamento da unidade, a secretaria afirmou que o trabalho não foi realizado no período de férias porque o prédio estava em garantia de obra. “Assim que os trâmites burocráticos foram resolvidos, o serviço foi acionado” e por isso não foi concluído antes do início do ano letivo. (Larissa Pessoa)

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