Retinol e ácido glicólico: saiba as diferenças e como usar os produtos

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Observar uma prateleira de produtos de skincare e se perguntar: qual eu levo para casa: ácido hialurônico, mandélico ou salicílico? No rol das fórmulas mais recomendadas por experts, estão o retinol e o ácido glicólico. De acordo com a revista Allure, o primeiro é considerado um dos componentes de cuidados com a pele mais procurados do momento, enquanto o segundo se destaca por estar há mais tempo no mercado.

Não é segredo que a coluna Claudia Meireles integra a trupe dos aficionados por rotina de beleza. Ao ler sobre os dois produtos, surgiu uma série de dúvidas a respeito das fórmulas “bombadinhas”. A fim de sanar os questionamentos e te ajudar a escolher o melhor componente, a dermatologista Daniela Aidar aceitou o convite para esmiuçar o tópico de beleza. A médica atende em uma clínica homônima em São Paulo.


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Retinol

Busca retardar ou minimizar os efeitos da idade? Vale apostar no retinol, conforme explica a especialista: “Indicado para tratamento de sinais de envelhecimento da pele, linhas finas e textura. A substância, derivada da vitamina A, age na renovação celular”. Com o passar dos anos, o corpo tende a perder colágeno, entretanto, o quadro pode ser amenizado com a aplicação do produto em longo prazo.

Pode soar como música aos ouvidos de quem está preocupado com a perda da proteína, responsável pela elasticidade e resistência da pele. “O uso do retinol em longo prazo ajuda na produção de colágeno”, enfatiza Daniela Aidar. Outra propriedade do produto é auxiliar no tratamento da acne, poros e oleosidade. Fica o aviso da médica sobre a substância ser contraindicada para gestantes, lactantes e pacientes com pele sensível ou sensibilizada.

Mulher segura com uma mão um conta gotas. Na outra mão, está com um frasco de vidro transparente
O retinol é um dos principais ingredientes para o rejuvenescimento

Ácido glicólico

Pertencente à família dos alfa hidroxiácidos (AHA’s), o ácido glicólico estimula a renovação celular, mas por meio de uma “esfoliação química”, esclarece Daniela. “Também tem ação clareadora leve. Melhora a textura e luminosidade da pele”, garante a profissional. Quando os pacientes chegam ao consultório com dúvidas sobre a fórmula, a médica aconselha o uso noturno.

Entre a aplicação do ácido glicólico, deve-se lavar o rosto e usar filtro solar. “Caso haja ressecamento ou irritação [da cútis], é possível aplicar hidratante por baixo dos ácidos”, sugere Daniela. Ela deixa como lembrete “evitar área dos olhos e, em qualquer hipótese, usar uma camada fina do produto”.

Mulher - pele - skincare
A dermatologista explicou como passar o produto no rosto

Dupla dinâmica

Segundo a dermatologista, há ressalvas caso pense em utilizar os dois produtos combinados. “Podem ser usados na mesma rotina sim. Juntos, no mesmo momento, não recomendo, mas alternar é possível”, frisa. Na clínica Daniela Aidar Dermatologia, o retinol e o ácido glicólico estão entre as fórmulas mais prescritas pela médica. Nas consultas, ela leva em consideração o tipo de pele, grau de sensibilidade e tempo de exposição solar.

“O retinol deve ter mais atenção quanto ao Sol, porém, em ambos eu indico o uso de filtro solar durante o dia. Não há como comparar eficiência, pois agem de maneira diferente. Algumas pessoas se adaptam mais a um ou outro, e há ainda quem tolere usar os dois de maneira alternada”, pondera Daniela, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Frascos de vidro em um fundo nos tons amarelo e cinza
A dermatologista explicou sobre o uso do retinol e do ácido glicólico

Em relação à aplicação das substâncias e aos cuidados com a cútis, Daniela fez alguns alertas: “Evitar aplicar em pele machucada, sensibilizada e em áreas mais delicadas, como área dos olhos e canto do nariz”. De acordo com a dermatologista, o retinol e o ácido glicólico não apresentam desvantagens, mas é preciso ter cuidado ao utilizá-los, principalmente em dermes sensíveis ou que ficam expostas ao Sol.

“Comprovadamente, o retinol estimula mais a produção de colágeno, porém, no uso de muito longo prazo”, reforça Daniela. A dermatologista acrescenta: “Dependendo da concentração e do grau de exposição solar da pessoa, pode ser usado de dia com protetor solar por cima. Minha maior indicação é de uso noturno”.

Sobre a especialista

Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Daniela Aidar se formou na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2012. Quatro anos depois, ela completou a residência médica pela mesma instituição de ensino. Entre 2016 e 2017, a especialista finalizou a pós-graduação em dermatologia hospitalar. Atualmente, comanda uma clínica homônima na capital paulista. A profissional compartilha conselhos valiosos no Instagram.

Mulher sentada com a mão no queixo. Ela veste uma blusa preta e casaco branco
A dermatologista Daniela Aidar

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

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