Sucesso de Casimiro mostra espaço do streaming esportivo na internet

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Casimiro Miguel reuniu 4,8 milhões de pessoas ao mesmo tempo na transmissão da partida entre Brasil e Suíça na Copa do Mundo 2022 no YouTube. Enquanto o jogo ficou em 1 x 0 para a Seleção Canarinho, o streamer bateu o recorde de visualizações em lives no Brasil e reforçou a ideia de que as competições esportivas conquistaram o espaço delas na Internet e tendem a migrar parte do público da televisão para o streaming. 

Além de atrair seguidores que acompanham as lives carregadas de reações divertidas, Cazé também conversa com o público que está longe da tevê na hora das disputas. Isso porque os jogos têm sido transmitidos em horário comercial e, embora muitas pessoas sejam dispensadas do trabalho para ver as partidas, parte da população segue em horário de trabalho ou está em deslocamento nesses períodos. 

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“Hoje você tem várias plataformas distribuindo conteúdo e o sujeito não precisa de condições especiais para acessar transmissões ao vivo. Ele pode, por meio do próprio smartphone, se conectar no local em que estiver, desde que esteja na área de cobertura [da operadora de internet]. Então essa mobilidade tende a facilitar a vida no que se refere ao acesso do usuário que acompanha esse conteúdo!”, avalia o professor e pesquisador do Mestrado Profissional de Inovação em Comunicação e Economia Criativa da Universidade Católica de Brasília, Alexandre Schirmer Kieling. 

Mas não é só de Copa do Mundo que o universo dos esportes on-line tem se alimentado. Há algum tempo, campeonatos de futebol nacionais e internacionais, partidas de basquete e até corridas de Fórmula 1 têm ganhado espaço em plataformas e serviços de streaming e trazido muitos nomes à tona. 

Nomes da área

Popular pelas reações a diversos tipos de conteúdos, Casimiro começou a explorar o streaming esportivo e se tornou um dos nomes oficiais da Copa do Mundo em acordo com a Federação Internacional de Associações de Futebol (Fifa)Mas ele não é o único que se aventura nessa temática. 

Considerado o maior streamer do Brasil, Alexandre Borba Chiqueta, mais conhecido como Gaules, aproveitou o gosto por jogos eletrônicos para fazer transmissões de disputas de video games, mas não parou por aí. Com canais no Twitch e YouTube, ele foi responsável pelas exibições dos GPs Singapura, México e Abu Dhabi no fim deste e também cuida dos jogos da NBA da temporada 2022/2023. 

“Aquela patifaria gostosa do Gau e os comentários técnicos do nosso entendedor oficial do assunto, Diego Sanches, estarão de volta para acompanhar o melhor basquete do mundo”, escreveu no anúncio do Instagram em outubro. 

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Seguindo também as transmissões voltadas para o basquete, o Café Belgrado aparece como opção para quem quer acompanhar os jogos nacionais em tempo real. O projeto mantém um podcast com análises, mas também mostra o ponto a ponto das partidas no Twitch. 

De acordo com Kieling, o sucesso de perfis como esses fazem parte de uma construção de relacionamento. “Jovens tendem a acompanhar movimentos das plataformas, porque vem acompanhando produtores de conteúdo que fazem parte do dia a dia deles. Quando esses comunicadores se deslocam, como é o caso do Casimiro com a Copa, ele leva as pessoas com as quais construiu um relacionamento. Há um movimento geracional, um público que começa a ser fiel como outras gerações são à tevê aberta.”

Esporte nos streamings

Os esportes têm chamado atenção também dos serviços de streaming, que se dividiram e popularizaram acessos. Como pioneiro no ramo, o Star+ é uma referência quando se fala em jogos de futebol, mas também oferece conteúdos que variam de basquete a golfe. O serviço da Disney chegou ao Brasil em agosto de 2021 e tem feito sucesso entre os apreciadores de esportes.

Quem também tem ganhado visibilidade como streaming esportivo é o Prime Video. Depois de fechar uma parceria com o televisivo Premiere em junho de 2021, ele transmitiu a Copa do Brasil deste ano e mostrou que tem buscado explorar cada vez mais a área esportiva. 

A HBO Max seguiu na mesma linha e apostou em compartilhar campeonatos internacionais com os assinantes, como a Uefa Champions League. Por lá é possível acompanhar jogos que também são transmitidos na tevê, em canais do mesmo conglomerado, assim como acontece na Globoplay. O streaming global oferece uma versão on-line e gratuita da programação que também pode ser vista nas tradicionais televisões. 

A mudança segue um fluxo de mercado cada vez mais explorado e reflete a busca por crescimento dessas empresas.

Ainda há espaço para a tevê 

Embora as transmissões on-line estejam em alta, a televisão ainda tem muito espaço na casa dos brasileiros. A TV Globo, responsável oficial pela exibição dos jogos da Copa do Mundo 2022, alcançou 50 pontos de audiência nessa segunda enquanto Brasil e Sérvia se enfrentaram no Estádio 974

Mesmo que o número seja um ponto menor em comparação à estreia da Seleção, ele ainda equivale a cerca de 35,6 milhões de televisores no Painel Nacional de TV, que soma as 15 regiões metropolitanas de maior consumo do país.

“Acredito que essas duas tecnologias vão conviver por muito tempo. Até porque o conteúdo não vai morrer, o que teremos é uma tendência maior para um lado em um momento e depois para o outro. Até porque, não sabemos o que vem por aí, pode nascer algo novo para transmitir conteúdos de audiovisual”, analisa o professor Alexandre Schirmer Kieling. 

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