São Paulo – Pressionado por declarações e planos contra a privatização, o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSol) disse no programa Roda Viva da noite desta segunda-feira (23/11) que pretende valorizar o servidor público se for eleito, mas que não vai “demonizar” convênios da prefeitura com entidades sem fins lucrativos ou com a iniciativa privada.
“Nós não vamos quebrar contrato com ninguém. Mas vamos fiscalizar, afinal é dinheiro público”, disse Boulos aos entrevistadores, ressaltado que creches, por exemplo, terão contratos mantidos, mas que haverá “pente fino” onde houver indícios de gastos altos. “Mas quero valorizar o público. Quero revalorizar o público na cidade, o que não significa demonizar parcerias”, discursou.
Segundo Boulos, só com servidor “valorizado” o serviço público funciona. “O servidor tem que parar de ser visto como encostado. Isso não existe”, disse ele, que não vê em suas propostas o radicalismo apontado pelo adversário Bruno Covas.
“Tentar me imputar de forma negativa, como foi feito, a pecha de radical ou extremista só expressa o momento sombrio que a gente está vivendo no país. Eu luto há 20 anos para que as pessoas tenham um teto. Isso é radicalismo?”, questionou Boulos.
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Coronavírus
Na entrevista ao Roda Vida, Boulos também criticou uma declaração do prefeito de que não haveria indícios de uma segunda onda de casos de coronavírus no Brasil e em São Paulo. “Tivemos aumento de 23% nas internações na cidade e 25% de UTI. Como dizer que não tem indícios de segunda onda da cidade?”, questionou o psolista.
“Não cabe a mim dizer que existe segunda onda, não sou médico, mas é muito preocupante o que a gente vive nesse momento e isso não pode ser colocado de lado por motivos eleitorais”, criticou ainda, lembrando que o governo do estado adiou a revisão dos planos de quarentena para depois das eleições.
Veja a íntegra do Roda Viva da noite desta segunda, com Bruno Covas e Guilherme Boulos, candidatos a prefeitos de São Paulo:
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