O Distrito Federal teve um aumento de 20 centavos no litro da gasolina, de acordo com levantamento semanal divulgado pela Agência Nacional do petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O aumento ocorre mesmo sem reajuste previsto pela Petrobras. A última mudança de preços feita pela estatal ocorreu em junho. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do DF (Sindicombustíveis), Paulo Tavares, a variação acontece após elevação do etanol anidro.
“Verificamos que um dos fatores do aumento é o etanol anidro, que sofreu elevação nas últimas cinco semanas, impactando diretamente nos preços da gasolina, que é composta por 27% deste produto, levando as distribuidoras a reajustarem a gasolina semanalmente”, explicou Paulo Tavares.
Entenda como funciona o cálculo do preço da gasolina no Brasil

O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer
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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual
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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis
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O Metrópoles pesquisou os preços em diferentes regiões administrativas. A gasolina comum varia de R$ 4,59 a R$ 5,14, no débito, e de R$ 4,73 a R$ 4,79, no crédito.
Confira os postos:
- Posto Nenen’s (Taguatinga Centro) — R$ 4,59 (débito) e R$ 4,79 (crédito)
- Posto Shell (Águas Claras, Q. 107 Lote 13) — R$ 5,15 (débito e crédito)
- Posto RPM (Samambaia) — R$ 5,05 (débito) e R$ 5,15 (crédito)
- Posto Céu 070 (BR 070) — R$ 4,63 (débito) e R$ 4,73 (crédito)
- Brasal Combustíveis (SIA) — R$ 5,14 (débito) e R$ 5,49 (crédito)
- Posto da Torre (Asa Sul) — R$ 4,89 (débito) e R$ 5,04 (crédito)
- Posto Jarjour (Asa Norte) — R$ 5,09 (débito e crédito)
Aumento após 15 semanas
O preço da gasolina voltou a subir nos postos após 15 semanas em queda, de acordo com o levantamento semanal da ANP. O preço médio da gasolina comum ficou em R$ 4,86, um aumento de 1,4% em relação à semana passada.
Ao todo, 15 estados e Distrito Federal registraram alta, segundo a ANP. A maior delas foi na Bahia, de 10,3%. Tocantins (7,7%), Sergipe (6,4%), Ceará (5,7%) e Maranhão (4,4%) também tiveram aumentos expressivos em comparação com a semana anterior.
Já o preço médio do óleo diesel se manteve estável e passou de R$ 6,52 para R$ 6,51, uma queda de apenas R$ 0,01. O gás de cozinha (GLP) de 13 kg também registrou variação de centavos entre as duas semanas. Foi de R$ 110,62 a R$ 110,99.
O post Gasolina sobe R$ 0,20 no DF mesmo sem reajuste anunciado pela Petrobras apareceu primeiro em Metrópoles.