Stan Lee, um dos principais nomes da editora Marvel e criador de super-heróis mundialmente conhecidos, morreu nesta segunda-feira (12/11), aos 95 anos. A informação foi dada por uma das filhas do autor, Joan Celia, ao site TMZ. Mais recentemente, o escritor de histórias em quadrinhos é lembrado pelas constantes aparições especiais nos filmes do MCU (Universo Cinematográfico Marvel).
Segundo o portal, o cocriador da Marvel Comics faleceu no hospital Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, após ser levado até lá por uma ambulância nas primeiras horas da manhã desta segunda. Nos últimos anos, ele convivia com problemas de saúde como pneumonia e visão frágil.
Stan Lee morre aos 95 anos

Stan Lee morre aos 95 anos
8 FOTOS

Stan Lee em 2006: ex-autor e editor da Marvel ajudou a revolucionar a editora e expandir os super-heróis para além das HQs Amanda Edwards/Getty Images

Lee em 1991: a partir dos anos 1970, quando se tornou editor da Marvel, Lee virou figura pública imensamente popular Ron Galella, Ltd./WireImage

Aparição do autor em Doutor Estranho (2016) Reprodução/Disney

Lee recebe sua estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 2011 Alberto E. Rodriguez/Getty Images

Stan Lee posa para foto em 1978 Santi Visalli/Getty Images

Lee interpreta a si mesmo em episódio de Os Simpsons – o autor sempre foi sinônimo de cultura pop e também já apareceu em The Big Bang Theory FOX via Getty Images

Lee com sua esposa, Joan: ela também morreu aos 95 anos, em 2017, após sofrer um derrame. Eles foram casados por 69 anos Alberto E. Rodriguez/Getty Images

Um certo entregador famoso surge em Capitão América: Guerra Civil (2016) Reprodução/Disney
Ao lado de Jack Kirby e Steve Ditko, Lee criou o Quarteto Fantástico em 1961, grupo que deu popularidade à Marvel. Nos anos seguintes, ajudou a dar vida a heróis como Homem-Aranha, os X-Men, Hulk, Demolidor, Pantera Negra e Doutor Estranho. Muitos deles protegem o mundo juntos, como integrantes dos Vingadores. Com Larry Lieber, ele inventou Homem-Formiga, Homem de Ferro e Thor.
Como editor-chefe e uma das principais mentes criativas da Marvel, Lee expandiu as fronteiras dos quadrinhos e fez as histórias extrapolarem os limites do papel. Ele também foi um dos responsáveis por trazer temas sociais e atuais para os roteiros, como racismo e intolerância, e pela caracterização de personagens humanos – superpoderosos, mas falhos.
A partir de 1972, quando virou editor da Marvel, Lee passou a ser reconhecido publicamente como espécie de porta-voz e divulgador dos trabalhos da marca. Em 1981, por exemplo, supervisionou as adaptações dos personagens para a televisão. Ele também chegou a ocupar brevemente, por um ano, o posto de presidente do selo.
Em 1986, quando a New World Entertainment adquiriu as principais propriedades da empresa, a marca passou definitivamente a ser uma companhia multimídia, com especial atenção à televisão e ao cinema. Em 2009, a Disney anunciou a compra da Marvel por US$ 4 bilhões.
Se hoje a editora tem estúdio próprio de cinema (o Marvel Studios) e é dona da maior franquia de cinema da história (US$ 17,5 bilhões de bilheteria até o mais recente filme da saga, Homem-Formiga e a Vespa), o MCU, deve muito à visão inovadora desse norte-americano para o mundo das HQs.