Familiares, amigos e políticos se reuniram, neste domingo (7/4), para dar adeus ao advogado Eri Varela, 62 anos, morto em grave acidente de carro na noite de sexta-feira (5/4). O enterro ocorreu no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. A viúva Vera Müller e os filhos estavam visivelmente emocionados com a partida repentina de Varela.
“Ele era meu companheiro, meu homem, meu cúmplice, meu tudo. Orem por nós”, disse a também advogada. Ao lado dos três filhos, Vera foi abraçada por mais de 200 pessoas que se revezaram na capela de número 6. Uma filha que mora em Londres, na Inglaterra, também veio ao enterro.
“Ele [Eri], antes de tudo, era uma pessoa que pensava na família. Mas não apenas na família de sangue, mas nas pessoas que estavam a sua volta. Era a pessoa mais caridosa que conhecia. Um exemplo para todos”, declarou o irmão Nicodemos Varela.
Amigos de longas datas registraram presença, entre eles o conselheiro do Tribunal de Contas do DF (TCDF), Manoel de Andrade, mais conhecido como Manoelzinho; o ex-chefe da Casa Civil, jornalista Hélio Doyle; a ex-deputada Liliane Roriz (Pros), única da família do ex-governador que manteve contato com o advogado; e o ex-secretário de Assuntos Parlamentares José Flávio de Oliveira.
Também conhecida do advogado, a deputada distrital Jaqueline Silva (PTB) levou a palavra de carinho aos familiares de Eri Varela. “Eu sou suspeita por conhecê-lo há muito tempo. Ele esteve ao meu lado em questões jurídicas. Homem de coração enorme, muito importante para Brasília e para outros lugares. Ele sempre deixou bons pensamentos e reflexões”, disse.
Morte na BR-040
O advogado voltava de Cristalina (GO) para Brasília, por volta das 19h10 de sexta. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo que conduzia colidiu frontalmente em um ônibus de turismo na BR-040.
Advogado Eri Varela
De acordo com a PRF, o advogado dirigia um Nissan X-Trail e morreu no local. Duas pessoas que estavam no coletivo ficaram feridas sem gravidade.
Varela foi defensor de políticos importantes do DF, entre eles o ex-governador Joaquim Roriz, com quem manteve parceria de uma vida inteira. Chegou a presidir a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) durante o governo Roriz.
Contudo, afastou-se da família pouco tempo antes da morte do ex-governador, em setembro do ano passado, após desentendimentos com a ex-deputada federal Jaqueline Roriz (PMN). Magoado, acabou tendo de abrir mão de ser defensor de Roriz nos processos que corriam na Justiça.
A única do clã a manter contato com Eri foi Liliane Roriz, de quem também era advogado.
