“O Quebra Nozes” é adiado e produtor promete evento para 31 de maio

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    Facebook/Reprodução

    Um balé russo está ganhando ares de ópera dramática, daquelas cheias de reviravoltas. A polêmica está em torno do espetáculo O Quebra Nozes produzido pelo Ballet da Russia. Marcado inicialmente para este domingo (7/5), em Brasília, a apresentação foi adiada. A promessa da produção é 31 de maio. Além da mudança na data, problemas com os ingressos deixam os espectadores apreensivos.

    Na página oficial do evento no Facebook, muitas pessoas reclamam do atraso e de problemas em receber, comprar e emitir os ingressos. Os entreveros fizeram alguns consumidores acusarem a produção do evento de fraude.

    A desconfiança não é à toa. A reportagem do Metrópoles apurou que a data de 7 de maio não havia sequer sido pedida à Secretaria de Turismo e Esporte do Distrito Federal, responsável pelo Centro de Convenções Ulysses Guimarães — local previsto para o espetáculo.

    Segundo o produtor Augusto Stevanovich, empresário responsável pelo balé, uma empresa brasiliense teria desistido do projeto e isso motivou o adiamento. “O pessoal me deixou na mão e tive esse atraso. É um espetáculo com custo de mais R$ 150 mil”, justificou.

    O Centro de Convenções confirmou que o dia 31 de maio foi solicitado, mas as negociações estariam em estágio preliminar, ainda sem a formalização do pedido. Em Brasília, a empresa Atitude Eventos estaria à frente da produção local.

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    Pelo telefone, um homem chamado Luiz, que se diz responsável pela empresa, confirmou a versão de Stevanovich: “Tinha outra produtora no negócio. Eles saíram e eu assumi o evento.”

    Ingressos
    Além da polêmica em relação à data, os ingressos também viraram uma dor de cabeça para o público. Muitos reclamam ainda não terem recebido as entrada adquiridas e também questionam onde trocar os tíquetes comprados on-line.

    Stevanovich alega que tudo isso é fruto de um problema técnico: “Desenvolvemos um site de compras em vez de usar um já existente. Não esperávamos tanta demanda e isso sobrecarregou o sistema”. As entradas também podem ser compradas no site Bilheteria Digital.

    O produtor garante que os consumidores vão receber um voucher por e-mail com orientações sobre a troca do ingresso. Porém, ele não soube informar uma data específica.

    O Metrópoles tentou comprar os ingressos (que variam de R$ 80 a R$ 300) pelo site. A compra foi finalizada. As formas de pagamento disponibilizadas foram transferência bancária para quatro contas-correntes (apenas uma em nome de pessoa jurídica) de quatro bancos diferentes e através do site PayPal.

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    Má fama
    Dois produtores locais ouvidos pela reportagem não pouparam críticas a Stevanovich. Sob condição de anonimato, para “não se prejudicarem em eventuais negociações”, eles acusam o colega de ser conhecido em Brasília por calotes e cancelamentos de eventos.

    O produtor rechaça as acusações e argumenta que é tudo fruto de uma rixa com “rivais” na cidade: “Tem um pessoal aí de Brasília usando ‘fakes’ para comentar no Facebook e prejudicar nosso evento. Golpe baixo.”

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