Crítica: MTV Movie Awards revoluciona em premiação de filmes e séries

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    Alberto E. Rodriguez/Getty Images

    O MTV Movie Awards, desse domingo (7/5), revolucionou o mundo das premiações. Alguns podem até achar o verbo “revolucionar” exagerado. Azar o deles, que fiquem na contramão da história. A organização do evento não separou as categorias por gênero. Finalmente, não teve aquele papinho de melhor ator ou atriz. Venceu a melhor atuação, que, por sinal, foi de Emma Watson por “Bela e a Fera”.

    A atitude da MTV é alento para um mundo que ainda enfrenta dificuldades em derrubar as barreiras de gênero. A postura genderless premiou também Taraji P. Henson (“Estrelas Além do Tempo”) e Mille Bobby Brown (“Stranger Things”). Apesar do esforço, mais homens ganharam troféus.

    Outro ponto importante foi a vitória de Ashton Sanders e Jharrel Jerome na categoria melhor beijo. Eles faturaram a pipoca de ouro pela cena de carinho em “Moonlight: Sob a Luz do Luar”. Dois negros interpretando personagens LGBTs ganharam e confirmaram a diversidade desta edição do Movie Awards.

    Em seu discurso, Emma Watson elogiou a postura sem gênero da premiação. “O movimento da MTV de criar um prêmio sem distinção de gênero para atuação vai significar algo diferente para cada pessoa. Mas, para mim, indica que atuar é a habilidade de colocar-se no lugar do outro, e isso não precisa ser separado em duas categorias”, avaliou.

    O prêmio da MTV, evidentemente, não tem o reconhecimento artístico do Oscar ou do Globo de Ouro. No entanto, sua importância reside por representar, em boa parte, os desejos da audiência. O voto popular é decisivo na premiação. Portanto, ao decidir tirar a relevância do gênero, o Movie Awards merece palmas de todos: público e crítica.

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