
Caras descolados com tatuagens, alargadores, barba grande e comportamento pouco engessado. Fugindo dos padrões criados e rompendo com as expectativas, o quarteto formado por Ulysses, Will, Carlos e Everton compõe e toca música evangélica. É a banda Amen Jr, que acaba de lançar o álbum “Sonhar e Viver”.
Fortes referências ao indie rock, com ênfase no ritmo do baixo e muito sintetizador. Junto a isso, vocal suave e letras compreensíveis. As nove faixas do álbum “Sonhar e Viver” demonstram, apesar do sobressalente estilo indie, uma produção musical coesa da Amen Jr.
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Cena alternativa
Há mais de 42,3 milhões de evangélicos no Brasil. Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) coletados em 2010 revelam que o grupo seguidor da religião protestante é muito significativo. E, com essa grande quantidade de praticantes, é de se esperar que o grupamento evangélico seja diverso em suas manifestações cultuais. Uma delas é a música.
Fugindo ao estigma da família Valadão e de cantoras como Gabriela Rocha e Aline Barros, o terreno musical explorado pela banda religiosa é o do rock. Desde o início, os músicos incorporaram riffs de guitarra característicos do grunge dos anos 90. Entre as referências, também estão Duran Duran, A-Ha e Joy Division.
No total, o grupo tem quatro álbuns. Eles são donos de músicas conhecidas, como “Meu Coração Te Pertence” e “Somos Um”. Agora, apostam em parcerias como na recente “Gratidão”, última faixa do novo disco e que conta também com a voz de Mauro Henrique, do Oficina G3.
Além da sonoridade diferente, a banda aborda temas de interesse da juventude em suas letras, que giram sempre em torno de crescimento pessoal, motivação, formação e manifestação de caráter em sociedade.
“Não gostamos nem um pouco do dialeto gospel que é retratado Brasil afora. A música reproduz verdades que giram em torno da filosofia de Cristo e não é só quem está dentro da igreja que acredita. Essas verdades independem da religião. Isso é o que atrai as pessoas para ouvir e entender a nossa mensagem”, afirma Ulysses.
Experiência
Para o lançamento do primeiro CD da banda como Amen Jr, o quarteto realizou uma exposição e um bate-papo. A ideia, de acordo com o vocalista, era unir música e outras artes.
“Todo o material exposto girava em torno do disco. A intenção foi juntar tudo que foi produzido para o CD, como as capas, as músicas, o conceito de luzes e cenário; e dar essa experiência do que queríamos dizer com o ‘Sonhar e Viver’. Só lançar o disco seria muito rápido, muito fácil, e as plataformas de streaming nos deixariam pra trás. Como essa energia da espera por um trabalho musical novo foi se perdendo ao longo do tempo, a gente quis usar a arte visual e a música para fortalecer nosso álbum”.
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Passado
Apesar do desejo explícito de ser associado a um recomeço, o grupo que compõe a Amen Jr não está na estrada há pouco tempo. Com a mesma formação, dirigiam a banda Salzband por sete anos.
Apesar disso, Ulysses afirma que a intenção não é sobrepor a identidade criada pela Salzband ao longo da carreira. De acordo com ele, um disco é como uma fotografia. “A foto registra o momento que você está vivendo. Nesse caso, a situação é registrada em forma de música. É um momento novo, então o som vai ser um pouco diferente, assim como o comportamento da banda, mas continuamos a ser os mesmos.”
Sobre o nome, Ulysses Melo conta que é uma homenagem bem-humorada aos apelidos que os cristãos recebem. “Eu, na escola, virei o ‘amém’. Mas tem gente que é chamada de ‘aleluia’, de ‘bíblia’, entre outras coisas. Como eu creio que sou imperfeito, o ‘amém’ verdadeiro é Deus. Sou apenas um pequeno ‘amém’, daí vem o nome Amen Jr”.