Crítica: “Annabelle 2” supera o primeiro filme com história de origem

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    Warner Bros./Divulgação

    “Annabelle 2: A Criação do Mal” chega aos cinemas na condição de quarto capítulo do universo “Invocação do Mal”, franquia que desbrava casos sobrenaturais de décadas atrás. Com baixos orçamentos, os filmes atingem grandes públicos por meio de casas mal assombradas e truques de terror simples (até meio bobos), mas eficientes.

    “A Criação do Mal”, apesar de produzido após “Annabelle” (2014), volta anos no tempo para mostrar como a boneca vestida de noiva passou de brinquedo de criança a objeto que serve de canal para manifestações demoníacas.

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    No prelúdio, ambientado nos anos 1940, acompanhamos uma tragédia familiar envolvendo uma garotinha chamada Annabelle. Tempos depois, uma freira e seis órfãs de diferentes idades se fixam na residência dos pais da menina, ainda estilhaçados pela tragédia.

    Há um salto de qualidade inegável na comparação a “Annabelle” (2014). Com o diretor David F. Sandberg a bordo, “A Criação” consegue evocar um clima sinistro a partir de alguns bons instantâneos da infância: Annabelle levitando sob um lençol, Linda (Lulu Wilson), a mais esperta das garotinhas, testando uma arminha de brinquedo no escuro.

    Entre sustos bestas e boas sacadas
    Apesar de reunir uma meia dúzia de cenas inventivas – Sandberg faz até referências diretas a “Quando as Luzes se Apagam” (2016), seu primeiro longa –, “Annabelle 2” parece mais preocupado em provocar sustinhos na base de violinos agudos e silêncios repentinos do que forjar uma atmosfera crível de medo do desconhecido.

    Por mais que o próprio design de interiores condene o filme como subproduto de “Invocação do Mal”, é justamente na franquia-mãe que o longa consegue as melhores sacadas. É impossível não notar a mão de James Wan, diretor dos dois “Invocação” e mente criativa da saga, na casinha de bonecas no quarto de Annabelle ou no espantalho “aposentado”.

    Por outro lado, chega a irritar a necessidade de “Annabelle 2” de dar piscadinhas para os filmes anteriores da franquia – prova de que o serviço para fãs (o fan service) virou mesmo regra em Hollywood. Até a narrativa é programada para não deixar nenhuma interrogação, com o terceiro ato literalmente encostando em “Annabelle”.

    Indiscutível mesmo em “A Criação do Mal” é o talento da pequena Lulu Wilson, de 11 anos, para interpretar garotas destemidas em filmes de terror. Ela também pode ser vista em “Livrai-nos do Mal” (2014) e em “Ouija: Origem do Mal”, uma das melhores surpresas do gênero em 2016.

    Avaliação: Regular

    Veja horários e salas de “Annabelle 2: A Criação do Mal”

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