A Universidade de Brasília vai promover, na semana que antecede o segundo turno das eleições, a mostra de cinema Marcas da Memória. A proposta é exibir 15 longas e curta-metragens sobre as violações de direitos humanos ocorridas durante a Ditadura Militar. “A história precisa ser reforçada a todo tempo. Ela é muito recente e custa a ser realmente passada a limpo”, defende a coordenadora de arte e cultura da Diretoria de Organização Comunitárias, Cultura e Arte, (DOCCA) e uma das organizadoras do evento, Lorena Bicalho.
A maior parte das produções escolhidas para a mostra foram feitas ou apoiadas pelo projeto Marcas da Memória, da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça. O projeto tem como missão fomentar iniciativas culturais que permitam à sociedade conhecer as violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, no sentido de se resgatar o passado para não repeti-lo no futuro. Filmes como Retratos de Identificação (2014) e Uma Dor Suspensa no Tempo (2015) estão nesta lista.
Outro destaque é o documentário Barra 68 – Sem Perder a Ternura (2001), escrito e dirigido por Vladimir Carvalho. O filme mostra a criação da UnB, as inovações propostas em seu projeto original, a perseguição sofrida dentro da instituição pelo regime militar e a invasão pelo Exército em 1968.
Mostra Marcas da Memória
22 a 25 de outubro, nos anfiteatros 9 e 10 do ICC (UnB). A programação completa pode ser vista na página do evento. Entrada franca. Não recomendado para menores de 18 anos
