A anemia ferropriva é um tipo de anemia que acontece devido à falta de ferro no organismo, o que diminui a quantidade de hemoglobina (responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos do corpo) e, consequentemente, as hemácias do sangue. Os sintomas incluem fraqueza, desânimo, cansaço fácil, pele pálida e sensação de desmaio, por exemplo.
A doença é grave e pode colocar a vida do paciente em risco quando os valores de hemoglobina estão abaixo de 11 g/dL para mulheres e de 12 g/dL para homens: assim, os órgãos não recebem oxigênio suficiente para funcionar adequadamente. A quantidade baixa é potencialmente grave pois pode impedir a realização de cirurgias.
Sinais e sintomas
Inicialmente a anemia ferropriva apresenta sintomas sutis que nem sempre são percebidos pelo paciente mas, à medida que a falta de ferro no sangue vai se agravando, os sintomas se tornam mais aparentes e frequentes, sendo eles:
- Cansaço;
- Fraqueza generalizada;
- Sonolência;
- Dificuldade para praticar exercícios;
- Tontura;
- Sensação de tontura ou desmaio;
- Palidez cutânea e das mucosas dos olhos;
- Dificuldade de concentração;
- Lapsos da memória;
- Dor de cabeça;
- Unhas fracas e quebradiças;
- Pele seca;
- Dor nas pernas;
- Inchaço nos tornozelos;
- Queda de cabelo;
- Falta de apetite.
A anemia ferropriva é mais fácil de acontecer em mulheres e crianças, pessoas com hábitos vegetarianos ou que fazem doações de sangue de forma frequente.
As causas
A principal causa da anemia ferropriva é a alimentação pobre em ferro, que pode acontecer mesmo em pessoas no peso ideal ou acima do peso. Além disso, a falta de ferro pode acontecer devido à dificuldade de absorção do nutriente pelo organismo, como acontece na doença celíaca ou quando uma parte do intestino foi removida do corpo.
A diminuição da quantidade de ferro circulante no organismo também pode acontecer devido à perda de sangue contínua e prolongada dentro do sistema digestivo, explicação comum em caso de hérnias ou úlceras de estômago, por exemplo. No entanto, a menstruação abundante ou o sangramento de escape que persiste por mais de oito dias também pode causar a deficiência de ferro.
Durante a gravidez é normal que a mulher tenha baixas concentrações de ferro no sangue, porque o organismo prioriza o desenvolvimento do bebê. Assim, os estoques de ferro são direcionados para o desenvolvimento do feto.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da anemia ferropriva é feito por meio do hemograma, em que se observa principalmente a quantidade de hemoglobina e os valores de RDW, VCM e HCM, além da dosagem de ferro sérico, ferritina, transferrina e saturação da transferrina.
O principal parâmetro utilizado para confirmar a anemia é a hemoglobina, que nesses casos é:
- Menor que 13,5 g/dL para recém-nascidos;
- Menor que 11 g/dL para bebês até 1 ano e gestantes;
- Menor que 11,5 g/dL para crianças;
- Menor que 12 g/dL para mulheres adultas;
- Menor que 13 g/dL para homens adultos.
Tratamento para Anemia Ferropriva
Em primeiro lugar, é preciso determinar a causa da condição. O tratamento deve ser indicado pelo médico e a alimentação pode ser orientada por um nutricionista, sendo importante repetir os exames três meses após o inicio do tratamento, uma vez que o excesso de ferro pode prejudicar o fígado.
É comum o uso de suplemento de ferro, além do consumo de alimentos ricos em ferro como lentilha, salsa, feijão e carnes vermelhas, por exemplo. Alimentos ricos em vitamina C também potencializam a absorção do ferro. Em contrapartida, existem alguns alimentos que prejudicam essa absorção: os taninos e a cafeína encontrados no café e o oxalato presente no chocolate devem ser evitados, por exemplo.
(Com informações do portal Tua Saúde)



































