Na fila da privatização, Metrô-DF perdeu R$ 2,4 mi durante greve

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    A greve dos metroviários no Distrito Federal chega ao 16º dia nesta sexta-feira (17/05/2019). Com a paralisação e sem acordo com os trabalhadores, a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) informou que a empresa deixou de arrecadar R$ 2,4 milhões nos primeiros 11 dias de movimento dos servidores.

    Foram transportados 900 mil usuários a menos no período. A estatal também informou que os funcionários continuam descumprindo a determinação judicial, que ordenou a circulação de 18 dos 24 trens, ou 75% do total, nos horários de pico. Na manhã desta sexta-feira, 15 composições estavam rodando, segundo o Metrô. No restante do dia, 30% devem transitar. O resultado são vagões lotados.

    Privatização
    Em meio à greve dos metroviários, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), lançou o edital de chamamento público para concessão da Companhia do Metropolitano. Na prática, a medida transfere a gestão do transporte de trilhos do DF para as mãos da iniciativa privada.

    Publicado no Diário Oficial no dia 06/05/2019, o edital estabelece que os interessados em participar do processo deverão apresentar “projetos, levantamentos, investigações e estudos para modelagem técnica, operacional, econômico-financeira e jurídica referentes à concessão de gestão, operação, manutenção e expansão dos serviços de transporte metroviário do DF”.

    Esta semana, o governo também anunciou que vai vender 51% das ações Companhia Energética de Brasília (CEB) Distribuidora. “Caesb e Metrô estão na mesma linha. A Caesb precisa urgentemente da abertura de capital, para que possa fazer os investimentos necessários e superar as dificuldades pelas quais passa. Eu reconheço o esforço dos servidores. Mas eles não vão dar conta de sair da crise. Então, nós temos que pensar na abertura de capital”, afirmou Ibaneis, na terça-feira (14/05/2019).

    Segundo o governador, o Executivo deverá privatizar as duas empresas com o objetivo de levantar recursos a fim de melhorar a prestação dos serviços públicos. “O Metrô simplesmente não tem capacidade nenhuma de investimento e consome milhões do DF”, argumentou.

    O governador ainda estuda qual será o modelo de privatização das empresas, se por meio de venda de ativos ou abertura de capital. E adiantou que pretende entrar nos programas de apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Mesmo com as concessões, o emedebista garante que o governo irá preservar os empregos do atual quadro de funcionários de cada uma.

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