Presos são libertados antes da visita de Bachelet à Venezuela

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    Dezoito pessoas detidas desde maio durante protestos contra o governo do presidente eleito Nicolás Maduro foram libertadas, enquanto se espera a chegada à Venezuela da alta comissária da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

    O grupo de manifestantes estava em instalações da Guarda Nacional e da polícia do Estado de Yaracuy e foi liberado na véspera, informou nesta quarta-feira (19/06/2019) o deputado opositor Luis Parra. Ao comemorar a notícia, Parra afirmou que os manifestantes “não são delinquentes” e nunca deveriam ter sido presos.

    Com isso, subiu para 21 os chamados “presos políticos” liberados nas últimas 48 horas. Entre eles está o deputado oposicionista Gilber Caro, que havia sido detido quase dois meses antes por membros da polícia política, denunciaram o congressista e advogados do detido.

    O ativista Alfredo Romero, diretor da organização humanitária Foro Penal, informou que, apesar das últimas libertações, havia ainda 693 “presos políticos” no país

    Para o governo, há presos apenas por crimes comuns. A questão deve ser um dos pontos que grupos de direitos humanos devem abordar em encontro nesta quinta-feira com Bachelet, também ex-presidente do Chile. O presidente Nicolás Maduro afirmou que seu governo tem “expectativas muito grandes sobre sua visita e de toda sua equipe”, referindo-se a Bachelet.

    O líder oposicionista Juan Guaidó celebrou a visita e afirmou que a oposição fará protestos nesta sexta-feira em todo o país para exigir ações de combate à crise atual e para pressionar pela saída de Maduro do poder.

    Vítimas de abusos
    Michelle Bachelet estará na Venezuela até este dia 21 de junho, onde se reunirá com Maduro e com Guaidó. A alta comissária da ONU também vai se encontrar com vítimas de abusos e de violações dos direitos humanos e com seus parentes.

    O Comissariado também informou que ela conversará com vários ministros e altos funcionários do governo chavista, além de com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o procurador-geral da República e o procurador de Justiça, além de integrantes da oposição.

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