Visita da ONU: governo venezuelano diz estar disposto a corrigir erros

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    Depois de receber a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, o governo da Venezuela disse estar disposto a “corrigir” o que for necessário para proteger a população. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (20/06/2019), pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza.

    “Queremos que o gabinete da alta comissária, de maneira construtiva, nos recomende, faça sugestões, nos oriente para que andemos de mãos dadas com eles (…), corrigindo o que é preciso corrigir, retificando o que é para retificar para poder preservar os direitos humanos dos venezuelanos”, declarou Arreaza.

    Mais cedo, o presidente Nicolás Maduro disse em mensagem na TV esperar que a visita “seja para ajudar, ouvir recomendações, propostas de alto nível profissional (…), para que Venezuela melhore”.

    Bachelet chegou nesta quarta-feira (19/06/2019), à Venezuela para uma visita de três dias, durante os quais espera-se que ela avalie a crise no país petroleiro. Antes de sua chegada, o governo liberou 18 manifestantes presos desde janeiro.

    “Espero ouvir todas as vozes e trabalhar com todas as partes interessadas para promover e proteger todos os direitos humanos de todos os venezuelanos”, disse a alta-comissária no Twitter.

    Durante sua estada, a alta-comissária se reunirá com o presidente da Venezuela e com o opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino.

    Em uma declaração à televisão estatal, o ministro das Relações Exteriores acrescentou que também falou com Bachelet sobre o impacto prejudicial do “bloqueio financeiro e comercial”, se referindo às sanções dos EUA contra Maduro.

    Arreaza disse que apontou para o alto comissário que essas medidas, que incluem a proibição da venda de petróleo venezuelano no mercado norte-americano, impedem o “avanço do modelo de proteção dos direitos humanos” do governo socialista.

    Segundo Caracas, as medidas punitivas de Washington complicam a importação de alimentos, medicamentos e suprimentos hospitalares, e causaram à economia um prejuízo estimado em cerca de US$ 30 bilhões.

    O ministro das Relações Exteriores afirmou que trata-se de “bloqueio ilegal, que vai contra o direito internacional”. Ele também prometeu facilitar as reuniões que Bachelet planejou com funcionários do governo e outras autoridades públicas, bem como com organizações de direitos humanos. (Com agências internacionais)

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