“Sancionei tranquilo”, diz Bolsonaro sobre juiz de garantias

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou, durante live no Facebook nesta quinta-feira (02/01/2020), sua decisão de ter sancionado a instituição do juiz de garantias. Ele disse achar “difícil implementar” a medida – “Está com o Judiciário e vai levar anos para decidir isso” – e ironizou as críticas que recebeu por ter sancionado. “Apareceram os constitucionalistas e meteram fogo em mim. Sancionei tranquilo do que eu fiz.”

Ele iniciou a live comemorando manchetes do noticiário econômico, como o lucro de R$ 18,9 bilhões da Petrobras no 2º semestre de 2019 e a economia de R$ 4,37 bilhões com pente-fino nos benefícios previdenciários no ano passado. “Graças a Deus a economia está indo bem. Os números estão mostrando que (o ministro da Economia) Paulo Guedes está fazendo um bom trabalho.”

Bolsonaro também desafiou quem o critica pela possibilidade de sancionar o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como Fundão, a rebater sua justificativa. Ele aponta o artigo 85 da Constituição Federal (CF), que trata dos crimes de responsabilidade do presidente, como o porquê de não vetá-lo.

“O cara vai lá e comenta ‘veta, veta’. Aí tem que ver o perfil, o que cursou… É um assunto que exige um certo conhecimento. O artigo 85 fala dos crimes de responsabilidade: atentar contra o exercício de outros políticos, contra a Lei Orçamentária, contra o cumprimento da lei – eu posso ser alvo de impeachment. Se alguém tiver um argumento que possa rebater o artigo 85 da Constituição, tudo bem. Caso contrário, vamos ler”, criticou.

Bolsonaro se defendeu ainda  quanto a quem diz que ele quer sancionar o FEFC porque tenta montar um partido, o Aliança pelo Brasil. “Vamos supor que eu consiga criar, sabe quanto vou ter direito por ocasião das eleições de 2020 e 2022? Zero”, rebateu.

“Eu não usei, na minha campanha do ano passado, nem o Fundão nem o Fundo normal. Pedi dinheiro pela internet, sim, deu R$ 4 milhões e pouco, gastamos metade disso, a outra metade eu queria doar para a Santa Casa de Juiz de Fora, mas a legislação não permitia, e foi para o PSL esse dinheiro aí.”

Sobre o recorde, em 2019, de registros de posse de armas de fogo no Brasil, Bolsonaro o relacionou à redução de índices criminais. Citando Santa Catarina, “um dos estados mais seguros do Brasil e um dos que mais tem pessoas com armas legais”, Bolsonaro disse que é a “prova mais que concreta que a quantidade de arma legal na mão do povo tem uma relação inversa ao número de mortes”.

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