A Grande São Paulo já tem 85% dos leitos de UTI ocupados diante da crise do novo coronavírus. A informação foi divulgada pelo secretário Estadual da Saúde, José Henrique Germann. No Estado, esse índice é de 68%. De acordo com Germann, 1.786 pessoas estão internadas em UTI.
Em enfermaria, há 1.917 pacientes internados. A taxa de ocupação nesses leitos é de 47% no Estado e 75% na região metropolitana.
Questionado se o Estado está enfrentando um novo momento da doença, o governador João Doria (PSDB) afirmou que sim. “Sim, estamos iniciando a fase mais dura e mais difícil do coronavírus e lamentavelmente do número de mortes. Não só em São Paulo, mas no Brasil. Estamos enfrentando um vírus que mata e que, infelizmente, não tem medicamento ou vacina. Só tem uma solução: ficar em casa e obedecer o isolamento social”, afirmou.
O governo do Estado anunciou a compra de 3 mil respiradores, que foram adquiridos na China a um custo total de R$ 550 milhões. De acordo com o governo, 500 aparelhos serão entregues ainda esta semana ao Hospital das Clínicas e, posteriormente, os demais serão encaminhados para outros hospitais. A compra é questionada pelo Ministério Público de São Paulo (MP) por conta do valor pago pelos aparelhos (veja matéria nesta página)
Germann afirmou que essa compra traz um “alívio” para a situação das UTIs. Mas, diante do cenário na Grande São Paulo, disse que pode transferir pacientes para o interior do Estado. “Trabalhamos com leitos próprios da secretaria, depois com leitos de hospitais filantrópicos e depois com privados. Vamos seguir esta sequência”, disse.
Isolamento social
O secretário voltou a afirmar que, se a taxa de isolamento social subir, o cenário pode ser revertido. De acordo com o governo do Estado, a meta de isolamento é de 60% O ideal seria 70%, a fim de evitar o colapso do sistema de saúde. (Estadão Conteúdo)
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