Será indiciado por dano ao patrimônio público federal e patrimônio tombado
Ele tem 29 anos e é de Goiânia (GO). Penas variam de seis meses a três anos, com acréscimo de multa.
O homem que jogou um balde de 18 litros de tinta vermelha na rampa do Palácio do Planalto, na manhã desta segunda-feira (8), foi preso e será indiciado por dano ao patrimônio público federal e dano ao patrimônio tombado. As penas variam de seis meses a três anos, com acréscimo de multa.
Segundo a Polícia Federal, ele tem 29 anos e é de Goiânia (GO). O homem não teve o nome divulgado pela PF.
Ele está detido na superintendência do órgão, em Brasília e, de acordo com os agentes, até a metade da tarde não havia falado. O homem também não tinha advogado.
“Ele está aguardando por um defensor público”, disse a PF.
O ato de vandalismo
Palácio do Planalto é alvo de vandalismo com tinta vermelha — Foto: G1 DF
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) o homem jogou a tinta, na direção da rampa usada por autoridades em eventos oficiais, de dentro de um carro em movimento. Já um dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que ficam na Praça dos Três Poderes, disse que depois de jogar a tinta, o homem foi embora na carona de uma motocicleta.
Ele foi pego pela PM. Enquanto era levado para a superintendência da Polícia Federal, foi visto gritando que “a juventude do Brasil é a que mais morre no mundo”.
“Genocídio, isso é um genocídio contra a juventude brasileira. Eu estou aqui, pelo povo brasileiro, pela juventude brasileira. É a sétima juventude mais assassinada do mundo e não tem uma política pública. Isso é um protesto… Viva a juventude brasileira, que é a sétima mais assassinada no mundo”, afirmava.
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República divulgou uma nota dizendo que o Palácio do Planalto foi vítima de um ato de vandalismo, e que as autoridades policiais adotarão as “medidas legais cabíveis”. O material jogado sobre a rampa do palácio já foi removido.
O Palácio do Planalto é um bem público e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O prédio faz parte do conjunto arquitetônico de Brasília, que é tombada como patrimônio da humanidade pela Unesco (braço da ONU para Educação, Ciência e Cultura).