A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu, na madrugada deste sábado (18/7), um foragido condenado por cometer homicídio na porta da extinta boate Fashion Club, na Asa Norte, no dia 21 de agosto de 2006.
O homem estava em um veículo com mais duas pessoas na Quadra 1205 do Cruzeiro Novo. PMs do Grupo Tático Operacional 7º Batalhão (Gtop 27) abordaram o trio e descobriram o mandado de prisão em aberto.
O preso foi condenado a uma pena de prisão de 18 anos e 6 meses, de acordo com a corporação. Ele foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).
Além do preso neste sábado, três pessoas acabaram condenadas pelo espancamento e morte do promotor de eventos Ivan Rodrigo da Costa, conhecido como Neneco (foto em destaque).
Lembre o caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), no dia 21 de agosto de 2006, Luiz Alberto Ferreira Lopes foi comemorar seu aniversário com o amigo Neneco e sua namorada, Paula, na Boate Fashion Club, próxima ao shopping Liberty Mall.
Na saída, o trio se deparou com o pneu do carro de Paula vazio no estacionamento. Enquanto Lopes trocava o pneu, Neneco e Paula conversavam em pé, encostados na traseira do carro, quando foram surpreendidos pelo veículo de Fernando Róbias, o Lacraia.
Lacraia estava com mais quatro amigos dentro do carro, que vinha, rapidamente, de marcha à ré. Lopes deu um toque no vidro do carro dos réus, de acordo com a denúncia, para alertar sobre o perigo de colisão.
O condutor, Lacraia, e o passageiro da frente desceram para tirar satisfações, com tom de voz alterado e partindo para agressões físicas. Os denunciados eram capoeiristas e profissionais de lutas, alguns até professores.
O motorista do carro dirigiu-se à Lopes, contra quem iniciou uma série de golpes. A vítima foi atingida por socos na cabeça, no ouvido e na nuca até cair. Enquanto isso, os outros quatro réus massacravam Neneco, segundo a acusação.
Lacraia juntou-se aos outros denunciados nos golpes letais contra Neneco. A vítima teve profundas e múltiplas lesões em todo o corpo, especialmente nas regiões mais sensíveis como cabeça e abdômen. Neneco morreu nove dias depois, em decorrência dos ferimentos.
O Tribunal do Júri de Brasília condenou, em 2013, quatro homens pelo homicídio triplamente qualificado. Os jurados reconheceram que o crime foi cometido por motivo fútil, praticado por meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Fernando Marques Róbias e Francisco Edilson Rodrigues de Sousa Júnior foram condenados a 18 anos e 6 meses de reclusão. Edson de Almeida Teles Junior recebeu a pena de 19 anos e 9 meses; e Alexandre Pedro do Nascimento, de 18 anos e 9 meses.
Um quinto acusado do crime, Thiago Martins de Castro, foi julgado em 2007 e condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão.