Afroturismo para todos os estilos

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Afroturismo para todos os estilos
Gana proporciona uma viagem encantadora pelas origens de muitos brasileiros. Crédito da foto: Divulgação

Ressignificar a dor em uma narrativa de superação e orgulho Esse resgate da história e da cultura do povo negro se converte em uma viagem, possível para todos. O afroturismo vem se consolidando nos últimos dois anos no Brasil e se apresenta como uma forte tendência em tempos nos quais a importância das vidas negras entrou em pauta.

A próxima sexta é 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Em um País onde pretos e pardos representam mais da metade da população, conhecer o passado e valorizar a influência presente é uma boa forma de começar a explorar essa riqueza. “A gente acredita que, independentemente da cor, da raça e do credo, todo mundo tem a crescer quando se dispõe a conhecer a história e a cultura negra. Se você é branco, você é necessário”, afirma Bia Moremi, que criou a Brafrika no início de 2019.

“Nessas mudanças pelas quais o turismo vem passando, a experiência é uma demanda da sociedade, para além da fotografia nas viagens”, afirma Carlos Humberto da Silva Filho, um dos sócios da Diaspora.Black, empresa que atua como um marketplace de experiências e turismo negro. Pioneira nesse mercado, começou em 2017 como plataforma de hospedagem. “Acabamos pautando o mercado. Já existiam algumas iniciativas, mas esse turismo afrocentrado estava sob o guarda-chuva do étnico”, lembra.

Afroturismo para todos os estilos
Rota da Liberdade liga oVale do Paraíba a Paraty (foto). Crédito da foto: Divulgação

Uma das primeiras experiências vendidas na Dispora.Black foi a Rota da Liberdade. Do Vale do Paraíba ao litoral de Paraty (RJ), passa por fazendas de café e comunidades quilombolas. “O Brasil tem uma diversidade de africanidades, que foram permeadas por indígenas e europeus. É um manancial cultural. Todos podem vivenciar isso.”

Até mesmo em viagens à África, já organizadas por empresas brasileiras como a Destino Afro. A incursão do fotógrafo César Fraga ao continente por 60 dias teve um motivo diferente: registrar a vida em nove países. O resultado: 4 mil imagens e o livro “Do outro lado”, primeira parte do trabalho que refaz as rotas do tráfico entre os séculos 16 e 19. “Gana é indicada para quem quiser fazer uma viagem encantadora pela origens do povo do Brasil. Moçambique é linda de doer e você vai ficar em hotel de charme. Benin é a coisa mais colorida do mundo.” Sankofa, o nome do projeto, é inspirado no conceito africano que sugere um retorno ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro. (Nathalia Molina – Estadão Conteúdo)

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