A Prefeitura de Sorocaba solicitou detalhes sobre a morte do chimpanzé Black dentro do Santuário de Primatas. O animal morreu às 21h02 da noite de sábado passado (6) por parada cardiorrespiratória. Black, que tinha idade estimada em 50 anos, estava no local desde 2019, quando deixou o recinto onde vivia sozinho, no Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, após decisão da Justiça. O chimpanzé foi sepultado no próprio santuário depois de passar por necropsia.
Em nota, a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema) informou que recebeu a notícia da morte do chimpanzé pelas redes sociais. Um ofício foi enviado solicitando informações oficiais, incluindo os laudos técnicos e exames feitos no animal.
Em nota, a Sema informa que fez contato com o mantenedouro anteriormente, “porém a administração do local não permitiu a entrada da equipe do zoológico para ver o Black”.
Já o Projeto The Great Ape Project (GAP) afirmou em nota que por se tratar de um caso judicial, “tudo em relação ao chimpanzé Black foi devidamente informado à juíza do caso no processo, que é público e pode ser consultado”. A nota diz ainda que as informações também foram prestadas ao Ministério Público.
“Nessa linha, reiteramos que no processo constam detalhes dos motivos da paralisação das visitas da equipe do zoológico. Depois da realização de algumas, notou-se um estresse maior por parte do Black e uma regressão no seu comportamento, avaliando-se a necessidade da sua suspensão”, justificou.
Mesmo após a transferência, o caso continuava em discussão na Justiça. O promotor que acompanha o caso, Jorge Alberto de Oliveira Marum, afirmou ao Cruzeiro do Sul que, após a morte de Black, a ONG que iniciou o processo deve pedir a extinção da ação. A medida precisará da concordância da Prefeitura. (Jomar Bellini)
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