Uma parceria entre as polícias civil do Distrito Federal e do Mato Grosso resultou no resgate de duas adolescentes moradoras da capital, de 15 e 17 anos, que foram aliciadas e obrigadas a se prostituir na cidade de Querência (MT). Elas ficaram mantidas em cárcere privado por uma semana e voltaram para casa depois que a Delegacia de Repressão a Sequestros do DF foi acionada.
O resgate aconteceu na última quarta-feira (26/5). A mãe da menina de 15 anos procurou a 14ª Delegacia de Polícia (Gama Centro) informando que a filha tinha desaparecido. Posteriormente, ela entrou em contato com a polícia para informar que estava no município mato-grossense.
“Ela foi convencida por uma amiga a ir para a cidade do outro estado com o objetivo de se prostituir. Depois de chegar ao local, a jovem se arrependeu e entrou em contato com a mãe, pedindo para voltar para Brasília”, afirmou um agente que participou da ação de resgate.
A casa de prostituição não deixava a adolescente ir embora por dívidas que ela teria adquirido no local. Duas mulheres cuidavam do estabelecimento, sendo uma responsável pelo gerenciamento e outra, pelo aliciamento. As duas exigiam o ressarcimento das despesas da viagem. Os agentes da PCDF orientaram a mãe a acalmar a adolescente, avisando às gerentes que pagaria o valor exigido.
Nesse meio tempo, a mãe deveria buscar informações que ajudassem os policiais a identificar as duas criminosas. A adolescente informou à mãe que não sabia o nome das mulheres, mas que as duas estariam envolvidas em facções criminosas e uma delas andava com tornozeleira eletrônica.
Sob orientação dos policiais, a mãe conseguiu que a adolescente enviasse a localização por WhatsApp. O local onde funcionava a casa de prostituição foi informado à delegacia de Querência. Os agentes do município fizeram uma primeira diligência, mas não encontraram ninguém no local. No dia seguinte, os policiais ficaram de campana em frente à casa.
Eles constataram que a menina de 15 e a amiga estavam em cárcere privado. As duas eram obrigadas pelas administradores do local a se prostituir. As responsáveis pela casa de prostituição foram presas.
Segundo o delegado Rogério Gomes, da Polícia Civil do Mato Grosso, há indícios de participação de outras pessoas nos crimes, por isso as investigações continuam.
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