Hugo Rodas, diretor de teatro e professor da Universidade de Brasília (UnB), morreu na tarde desta quarta-feira (13/4) aos 82 anos. O uruguaio, radicado no Brasil, faleceu após sofrer um AVC e por complicações de um câncer. Rodas tratava a doença há três anos e estava internado no Hospital Brasília.
Antes de morrer, um documentário sobre a vida do diretor foi produzido por Marina Simon e Isabel Fleck. Com pouco mais de 25 minutos, a produção Palco dos Sonhos – Na companhia de Hugo Rodas foi realizada como projeto final de graduação em Jornalismo na Universidade de Brasília, em 2005, e relembra a trajetória dele como diretor, ator, bailarino, músico e professor.
Marina conversou com o Metrópoles e relembrou um pouco do que foi o artista e diretor. “Ele basicamente revolucionou o teatro de Brasília. Colocou muita dança, muita música e teve várias peças premiadas por conta dessa inovação de juntar linguagens. Fazia muitas referências a autores famosos e bebeu muito na fonte de Nelson Rodrigues. Além de inovar a linguagem como diretor e dramaturgo, também inovou muito como professor. Os alunos dele diziam que ele era capaz de extrair todo potencial e força criativa de uma pessoa. Ele deixa um legado nacional, era um artista completo.”
Hugo-Rodas-Créditos-Bento-Viana-Revista-Traços
Hugo Rodas para perfil da Traços
Bento Viana/Revista Traços
Hugo Rodas – Acervo ATA (1)
Hugo Rodas
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Hugo Rodas
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“Unidos a atores de diferentes gerações, eles relembram a trajetória do controverso uruguaio desde sua chegada a Brasília, em 1976. Mas é o próprio Rodas que dá o tom do documentário, com suas atuações e sotaque inconfundíveis”, diz a sinopse do documentário.
A diretora Marina Simon também relembrou a produção do documentário, definido como “um dos momentos mais especiais” da vida. É possível ver a presença de Juliano Cazarré na produção, como um dos alunos de Hugo Rodas. Atualmente, o ator é conhecido pelos diversos trabalhos realizados na TV Globo.
“Esse documentário foi realizado em 2005, na UnB. Eu e a Isabel fizemos juntas, queríamos fazer um filme e achamos que esse tema ia dar uma peça de audiovisual bacana por saber que ele era irreverente e tinha peças que eram interessantes e diferenciadas. Além disso, Hugo Rodas foi um dos maiores diretores de teatro de Brasília e não tinha nenhuma produção sobre ele na época. Foi uma experiência impressionante, entramos em contato com a figura dele, um cara irreverente, engraçado, carinhoso, intenso e cativante. Foi incrível retratar um pouco dessa personalidade dele, da parte profissional e pessoal.”
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