Após xingar dono de loja de “macaco”, mulher chamou cliente de “gorda”

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A mulher flagrada desferindo ofensas racistas contra o empresário de uma loja de açaí, em Taguatinga Norte, na última segunda-feira (9/5), também atacou verbalmente outra consumidora que estava no local quando ocorria a injúria racial. Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos, gravou as falas da cliente e se recusou a preparar o pedido dela.

Desde que a franquia do The Best Açaí foi inaugurada na região, há cerca de um ano e meio, o dono do estabelecimento relata nunca ter passado por uma situação como essa. “Macaco preto, idiota, palhaço, ridículo, ET, inútil, pateta” foram alguns dos xingamentos que a mulher proferiu contra o rapaz, após ele alegar que não seria possível retirar a banana do açaí, como ela havia solicitado.

“Depois, ainda chegou uma cliente nossa e perguntou o que estava acontecendo. Aí, ela começou a agredir verbalmente essa moça, a chamando de gorda e feia. Isso começou umas 20h e ela ficou lá até 20h30 me xingando”, relatou o empresário.


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De acordo com Paulo, a mulher “tem o histórico de ser alguém que causa muitos problemas” no comércio onde fica sua loja. “Ela já havia comprado açaí conosco outras vezes, sempre de um jeito meio grosseiro, mas nunca ofendeu como desta última vez”, conta Paulo.

Segundo o dono da loja, a mulher passou cerca de 30 minutos na porta do estabelecimento xingando ele após não aceitar que o açaí seria feito com banana. Depois das ofensas, ela ainda ordena o rapaz que prepare o açaí, pois estava “na cidade dela”. “Na hora, eu estava bem tranquilo, não fui grosseiro e nem agressivo. O único momento em que fiquei mais sério foi quando falei que não serviria ela”, relembra.

Veja a gravação feita pelo empresário:

“Ela me viu colocando a banana no açaí para bater e falou que não queria com banana. Eu expliquei que a nossa receita é fechada já, que é o açaí, banana e xarope”, contou. “Ela não quis aceitar, não queria que eu batesse com banana, porque ela estava exigindo. Eu falei: ‘Moça, não tem como, minha receita é essa’. Aí ela falou: ‘Então vamos resolver na delegacia’. Pensei que ela iria chamar o Procon, algo assim, mas ela começou a me xingar, atacar: ‘Macaco, preto’”, completou.

Apesar de ainda não ter registrado o boletim de ocorrência, Paulo detalhou que a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual (Decrin) tomou conhecimento da gravação e entrou em contato com ele para que o caso seja investigado.

“O pessoal que mora aqui e frequenta o açaí comoveu-se com a situação. Tenho recebido muitas mensagens de apoio de amigos e conhecidos”, disse o comerciante.

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