Cemitérios privatizados terão velório com violino, pétalas e buffet

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São Paulo – A gestão de 22 cemitérios da capital paulista passa para as mãos da iniciativa privada a partir desta terça-feira (7/3). Quatro grupos que venceram o edital de concessão da Prefeitura de São Paulo assumem a operação tendo que lidar com problemas históricos como superlotação de jazigos, queixas sobre falta de assistência e de atrasos nos serviços e dificuldades logísticas.

“Toda a Prefeitura está envolvida para que possamos oferecer um serviço de qualidade para a cidade, para fazer com que quem perde um ente querido deixe de ter um abalo por causa de mau atendimento, para evitar situações que observamos durante muito tempo no passado de corrupção”, disse o prefeito Ricardo Nunes (MDB), em entrevista coletiva nessa segunda-feira (6/3).

As concessionárias também terão que reformar e modernizar as instalações atuais dos cemitérios. A Cortel pagou o maior valor de outorga inicial da licitação – R$ 200,2 milhões – para ficar responsável por 25 anos pelos cemitérios do Araçá, Dom Bosco, Santo Amaro, São Paulo e Vila Nova Cachoeirinha e ainda terá que construir um novo crematório na cidade.

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A empresa, que atua em sete estados brasileiros, promete lidar com os gargalos da operação ao mesmo tempo em que vai oferecer serviços e velórios mais luxuosos, com música ao vivo com violino e flauta, chuva de pétalas, balões, buffet e até homenagens com marcas de mãos com tinta no caixão. O pacote com esses diferenciais poderá custar até R$ 100 mil.

“Se uma família tiver interesse que no velório do seu ente querido tenha alguém tocando um violino ou um serviço de buffet, esses serviços conseguem ser implantados muito facilmente aqui na cidade de São Paulo. Nas primeiras semanas, já teremos uma série de serviços que não carecem de obras nas instalações. Em seis meses a um ano, acreditamos que também já será possível oferecer, em uma sala de velório diferenciada, chuva de pétalas, que é um serviço que já oferecemos em outros empreendimentos”, diz Rodrigo Macedo, diretor de operações da Cortel.

Funeral social e taxas

O edital garante que os enterros e os velórios gratuitos continuarão a ser oferecidos pelas concessionárias para os mesmos grupos que a Prefeitura da capital já atendia. As empresas também vão manter o funeral social, por um preço de R$ 566,04, que é 25% mais barato que a gestão municipal cobrava.

A concessão também instituiu uma taxa de manutenção anual que será cobrada de proprietários de sepulturas por prazo indeterminado. A cobrança, que não existia na gestão municipal, tem muitas variações, mas começa com R$ 4,50 por metro quadrado por ano.

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