Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6% dos lares em áreas urbanas do Distrito Federal ainda não têm acesso a sistema de esgoto. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (16/6) através da divisão de Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que examinou os lares brasileiros em 2022.
Apesar da porcentagem, o DF lidera como a 2ª unidade da federação com o maior percentual. De acordo com o IBGE, São Paulo (96,4%), Distrito Federal (94,1%), Minas Gerais (92,3%) e Rio de Janeiro (90,6%) foram os únicos do país com cobertura superior a 90%.
Dados nacionais
Os estados com os menores percentuais de domicílios urbanos conectados à rede de esgoto eram Amapá (23,1%), Piauí (23,3%), Rondônia (27,3%) e Pará (28%).
No ano passado, segundo a pesquisa, 78% dos domicílios urbanos do Brasil tinham esgotamento sanitário por rede geral coletora. Os maiores percentuais com esse serviço foram registrados no Sudeste (93,9%) e no Sul (78,2%). Na sequência, aparecem Centro-Oeste (66,3%), Nordeste (61,7%) e Norte (38,0%).
Em 2022, 99,5% dos domicílios urbanos do país tinham água canalizada e 95,1% contavam com acesso à rede geral de abastecimento de água.
“Ainda que, no período, tenha havido um pequeno avanço do esgotamento sanitário por rede coletora, boa parte dos domicílios do país permanece sem acesso a esse serviço”, afirma Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa do IBGE.
“Além disso, em 2022, 14,1% dos domicílios recorriam à fossa rudimentar ou a outras formas inadequadas de lançamento do esgoto, como diretamente em valas, rios ou mar, o que traz riscos à saúde humana e ao meio ambiente”, conclui.