O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou o líder chinês, Xi Jinping, de ditador. A declaração aconteceu durante um evento para arrecadação de fundos na Califórnia nesta terça-feira (20/6).
Biden também afirmou que Xi Jinping ficou chateado quando o governo norte-americano derrubou um balão chinês, em fevereiro. Na época os Estados Unidos acusaram a China de espionagem.
“A razão pela qual Xi Jinping ficou muito chateado quando derrubei aquele balão com dois vagões cheios de equipamento de espionagem é que ele não sabia que estava lá”, declarou o presidente norte-americano.
“Isso é um grande embaraço para os ditadores. Quando eles não sabiam o que aconteceu. Isso não deveria estar indo para onde estava. Foi desviado do curso”, acrescentou Biden.
As declarações de Biden acontecem apenas um dia após o encontro entre o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o presidente chinês. A viagem do representante norte-americano tinha como objetivo tentar aliviar as tensões entre as duas maiores nações do mundo.
Secretário de Estado dos EUA visita a China em meio a tensões diplomáticas
Blinken e Xi entraram em um acordo durante a reunião para estabilizar as relações entre os dois países e para que a situação não se intensifique e se transforme em um conflito entre Washington e Pequim.
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Presidente Joe Biden em setembro de 2022
Reprodução/ONU
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Joe Biden, presidente dos EUA, e Xi Jiping, presidente da China
Reprodução/Redes sociais
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Xi jinping /Agência chinesa Xinhua
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Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang
Reprodução/Twitter
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Tensões entre EUA e China
No início de fevereiro, Washington anunciou ter detectado um balão chinês que segundo eles tinha como objetivo espionar o território norte-americano. O equipamento estava próximo à Base Aérea de Malmstrom, em Montana.
No final do ano passado, o presidente Biden disse em entrevista coletiva que os militares norte-americanos defenderiam Taiwan caso o exército chinês iniciasse uma invasão à ilha. A declaração acirrou as relações entre as duas nações.
Para tentar amenizar a situação, Blinken afirmou durante a sua viagem à China esta semana que os Estados Unidos não apoiam a independência de Taiwan. A ilha é governada de forma autônoma desde 1949 e o governo chinês considera que o local faz parte do seu território.