“Estamos nos preparando para o pior”, afirmou Janay Clanton, moradora de Minneapolis, onde ontem (19) as forças de segurança faziam patrulha e as lojas estavam fechadas enquanto aguardavam o veredito do julgamento pela morte do afro-americano George Floyd. Até o fechamento desta edição, o júri havia iniciado suas deliberações, mas ainda não havia chegado a uma conclusão.
“Tudo vai explodir”, previa a mulher de 62 anos, se o policial branco Derek Chauvin não fosse considerado culpado de assassinato. Clanton não é a única preocupada: depois da morte de Floyd no momento em que era preso por Chauvin em maio passado, as emoções têm estado à flor da pele nesta metrópole do norte dos Estados Unidos, que se tornou espaço de grandes protestos contra a injustiça racial e a violência policial.
Minneapolis, uma cidade típica do meio-oeste, tem mais de 400.000 residentes. Arranha-céus cercam o tribunal onde o julgamento do policial branco está chegando ao fim. Cada uma dessas torres de escritórios decidiu se proteger atrás de enormes placas de madeira, com vários metros de altura.
Chauvin foi filmado ajoelhado sob o pescoço de Floyd, que ficou imobilizado com o rosto para baixo e algemado ao chão por mais de nove minutos, suplicando: “Não consigo respirar”. “Podem acreditar no que viram”, disse o procurador Steve Schleicher. “Não se tratou de vigilância policial, mas de assassinato”, afirmou. “Nove minutos e 29 segundos de chocante abuso de autoridade”. (AFP)
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