Em editorial, JN diz que “não há dois lados” quando se fere direito à saúde

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O Jornal Nacional, exibido neste sábado (19/6) pela TV Globo, foi encerrado com um editorial, algo que não acontece com frequência no noticiário. No texto lido por William Bonner e Renata Vasconcellos, o JN falou sobre as 500 mil mortes por Covid-19 registradas pelo Brasil. “Meio milhão de vidas brasileiras perdidas. O sentimento é de horror. E de uma solidariedade incondicional às famílias dessas vítimas”, começou Bonner.

Sem citar o presidente Jair Bolsonaro, o apresentador afirmou que “é evidente que foram muitos e muito graves os erros cometidos”. “A aposta insistente e teimosa em remédios sem eficácia, o estimulo frequente a aglomerações, a postura negacionista e inconsequente de não usar máscara e, o pior, a recusa em assinar contratos para compra de vacinas a tempo de evitar ainda mais vítimas fatais”, disse Bonner.

Em seguida, Renata cita a CPI da Covid e diz que “haverá consequências” das investigações do Senado. “Quando olharmos para trás, quando nos perguntarem o que fizemos para evitar essa tragédia, cada um de nós terá sua resposta. A esmagadora maioria vai dizer com honestidade e orgulho que fez a sua parte e mais um pouco”, afirmou Vasconcelos.

Bonner concluiu dizendo que tudo tem vários ângulos no jornalismo, mas que há exceções. “Quando estão em perigo coisas tão importante, como o direito à saúde ou o direito em viver em uma democracia. Em casos assim, não há dois lados”, disse.

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