Live shop se torna estratégia das marcas de moda para vender mais

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A live shop, transmissão ao vivo com foco em vendas, foi uma das apostas das marcas de moda para “segurar a barra” durante a pandemia. Apesar do comércio e da circulação de pessoas estarem liberados, essa estratégia de marketing segue bem-sucedida e aproxima os clientes.

Vem entender mais!

Giphy/Renner/Divulgação

O ano era 2020. As pessoas estavam em casa, no chamado lockdown, para evitar a propagação do coronavírus. Apesar do home office implantado, a compra de itens de vestuário, como roupas e calçados, não parou. 

Para aproveitar o crescimento do comércio on-line, as empresas procuraram consolidar a presença no digital. Uma das estratégias foi a live shop, transmissão em que convidados das marcas apresentavam novidades e os clientes podiam comprá-las em tempo real. 

Apesar de parecer novidade, o formato da live shop não tem nada de novo. Vídeos com apresentadores vendendo produtos sempre existiram. A profissionalização chegou a tal ponto em que haviam canais especializados, como o famoso Polishop

Mulher branca e jovem, de blusa branca, mexendo no celular. Ela segura sacolas de compra preta e vermelho
O comércio on-line já era uma realidade, porém a pandemia ampliou o número de consumidores de e-commerces

 

Flyer de divulgação de uma live da marca Gringa. Na imagem é possível ver a modelo Fiorella Mattheis com uma bolsa cinza da marca Chanel, uma blusa e uma calça marrom
As live shops ressurgiram na pandemia como uma forma de garantir o fluxo de caixa em um período de vendas baixas

 

Mulher branca segurando uma sandália estilo sapatilha vermelha
Até os brechós de luxo, como a Gringa e o brasiliense Prettynew, aderiram à estratégia de venda

Em um período de incertezas, talvez o ar nostálgico das live shops tenha impulsionado o sucesso do formato. Segundo Adriana Coutinho, CEO da Acout Plus, empresa especializada em posicionamento de imagem nas redes sociais, a estratégia “alimenta” os adultos que, agora, têm poder de compra e que assistiam aos comerciais na infância. 

Para Coutinho, as principais vantagens das live shops são a praticidade e o conforto para o cliente e para a loja. “A pandemia criou um novo comportamento do usuário de redes sociais e as marcas devem investir em infotenimento [informação, com entretenimento]”, afirma.

Duas mulheres brancas e jovens durante a gravação de um comercial para a Renner. A primeira possui o cabelo castanho e liso, amarrado em um coque, e usa um casaco caramelo e uma calça branca. A segunda tem o cabelo loiro e ondulado e usa um short preto e uma camisa amarela. - Metrópoles
A Renner foi uma das varejistas que mais investiu na estratégia. Chamou vários convidados para apresentar as transmissões

 

Mulher branca e jovem, de cabelo loiro ondulado, durante a gravação de um comercial para a Renner. Ela usa uma blusa preta com pelinhos e segura dois cabides: um com um blazer preto de couro e outro branco de algodão. - Metrópoles
Giovana Romani, ex-editora chefe da revista Glamour Brasil, foi anfitriã de uma live shop da Renner

 

Duas mulheres brancas e jovens durante a gravação de um comercial para a Renner. A primeira possui o cabelo castanho e liso, amarrado em um coque, e usa um casaco caramelo e uma calça branca. A segunda tem o cabelo loiro e ondulado e usa um short preto e uma camisa amarela. - Metrópoles
Giovana Romani apresentou a última live shop ao lado de Juliana Bordin, stylist de famosos como Maísa e Priscilla Alcantara. A atriz Fernanda Paes Leme também já foi apresentadora

O lado das marcas

A label carioca Dress To foi uma que investiu no formato. Segundo Camila Rechtman e Fernanda Caetano, head de marketing e de performance digital, respectivamente, as live shops surgiram durante a pandemia

“Foi uma ideia de manter o contato, a relação e a venda mais próxima ao cliente. Fomos evoluindo e já vamos para a quinta live deste ano”, explicam. Para manter o público fiel, uma das estratégias foi investir em benefícios exclusivos para quem assiste à transmissão. 

As live shops também começaram na mesma época em empresas como a Triton e a Coca-Cola Jeans. “Receber os comentários no chat e conversar com os consumidores ao vivo era como um abraço na época, uma forma de mostrar o carinho que a empresa tem por eles”, afirma Josiane Rocha, head de marketing das marcas.

Flyer de divulgação da uma transmissão ao vivo de vendas da marca de roupas Dress To. A mulher jovem e negra, com tranças longas, usa um vestido preto e branco. No canto direito da imagem tem as informações sobre a live.
“Tivemos um aumento de 110% nas vendas de 2021 para 2022”, afirma o time de marketing da Dress To à coluna

 

Camiseta preta da marca Triton pendurada em um cabide, também preto. - Metrópoles
As live shops aproximaram marcas e clientes durante a temporada de isolamento social e fechamento do comércio

 

Conjunto de blazer e calça, ambos marrons com detalhes em vermelho, da marca Coca-Cola Jeans. As peças estão penduradas em cabides de madeira, que por sua vez estão pendurados em uma arara prateada. O fundo da foto é vermelho. - Metrópoles
Segundo Josiane Rocha, a proximidade com o cliente ajuda a impulsionar a marca. “Conseguimos entender claramente o que o nosso consumidor deseja”, afirma

Com a expansão do comércio digital, as empresas procuram fidelizar os clientes. A live shop é uma solução possível. Como destaca Rechtman e Caetano, nas transmissões “falamos a linguagem [dos consumidores] e criamos desejo de consumo imediato, fortalecendo a relação cliente X marca”. 


Colaborou Carina Benedetti

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