A chegada do feriado do Dia do Trabalho coincide, na Câmara dos Deputados, com o fim do contrato de vigilância da Casa. Sem a conclusão da licitação para uma nova empresa assumir a incumbência – definida pelo Pregão nº 38 de 2019 – o risco é de o Parlamento brasileiro amanhecer sem o serviço de segurança armada.
Atualmente, a empresa responsável pela vigilância é a Soberana, sediada no Distrito Federal. A firma foi contratada em 2017 e mantém 274 funcionários fazendo a segurança armada da Casa, além de alguns serviços externos, como a vigilância da residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O pregão para contratar a nova empresa, no entanto, ainda não foi concluído devido a questionamentos posteriores de concorrentes que perderam a licitação. Opção também que a Câmara teria para não ficar sem os serviços de proteção seria estender o contrato da Soberana. Segundo a própria firma, nenhum contato foi registrado até o fim do expediente.
“A empresa está à disposição para prorrogar a contratação até que a nova contratação ocorra”, disse a advogada da Soberana, Monique Rocha Furtado.
Procurada, a chamada Casa do Povo informou, via assessoria de imprensa, que estava tomando medidas cabíveis. “A Câmara dos Deputados está adotando providências administrativas para que os serviços de vigilância tenham continuidade a partir de amanhã (1º/05/2019).”
Pregão
O pregão para contratação da próxima empresa foi realizado no dia 16 de abril, tendo vencido a paulista Partner Security Serviços de Segurança. No dia 18, no entanto, ao menos duas empresas entraram com recursos: a G.S.I – Gestão de Segurança Integrada e a Visan Segurança Privada. Até a noite dessa terça-feira (30/04/2019), o processo continuava em aberto.
Segundo o deputado distrital Chico Vigilante (PT), que atua junto aos funcionários da empresa na tentativa de eles manterem o cargo de vigilantes, o diretor da Câmara, Sérgio Sampaio, teria garantido que, no máximo, na quinta-feira (02/05/2019) a nova empresa já estaria prestando serviços.
“Ele disse que todo mundo vai permanecer. Mandou eu tranquilizar os vigilantes e que todos irão permanecer”, contou o distrital.



































