O acusado ficou foragido entre a data da descoberta do corpo e 28 de março, quando foi localizado em Santa Quitéria (MA), sua cidade natal, e foi trazido para Brasília a fim de prestar depoimento. De acordo com os investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), ele alegou ter sido atacado pela vítima.
A polícia apontou contradições na versão do homem e afirmou que Antônio tentou alterar a cena do crime. Um dos pontos confusos foi um suposto prêmio na loteria ganho pelo suspeito. Em depoimento, ele afirmou ter feito 14 pontos na Lotofácil, mas ter deixado o bilhete no bolso da calça, lavado a roupa e perdido o comprovante.
Após o crime, ele pediu demissão do emprego, argumentando que havia ganho uma bolada. Chegou a mandar mensagens para o chefe (confira abaixo).
MPDFT denuncia barbeiro por feminicídio da namorada
5 FOTOS
1/5Mensagem encaminhada por Antônio ao patrão Reprodução
2/5Luzia Almeida não se conforma com a morte da amiga Michael Melo/Metrópoles
3/5Antônio e Maria dos Santos namoravam há cerca de dois anos Michael Melo/Metrópoles
4/5Após o crime, carroceiro retirou objetos da casa de Maria Michael Melo/Metrópoles
5/5Delegada Jane Klébia acredita que crime foi premeditado Michael Melo/Metrópoles
“Não temos notícias de ganhador aqui na região com essa quantidade de pontos [14]. Sobre a morte, ele deu versões que não batem com o laudo pericial. Disse que ela o atacou com uma faca e, para se defender, pegou uma madeira que a mulher usava para fazer massagem e acertou um golpe na cabeça da namorada”, apontou, à época, a delegada-chefe da 6ª DP, Jane Klébia.
Ainda em depoimento, Antônio confessou ter esfaqueado Maria após o suposto ataque. “A perícia comprova que a dinâmica foi um pouco diferente. Ela tentou se defender. Depois do crime, ele montou uma cena. Pegou o corpo, colocou na cama e cobriu com a coberta, como se ela estivesse dormindo”, afirmou a delegada.
A polícia apurou que o relacionamento do casal tinha muitos conflitos. Ambos eram ciumentos e brigavam constantemente. Dias antes, Antônio chegou a ameaçar um homem que pediu para dançar forró com Maria dos Santos em uma festa.