Trampa lança clipe interativo de protesto contra a Lei do Silêncio

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    Thaís Mallon/Divulgação

    A banda Trampa lança nesta quarta (7/6) um clipe interativo de protesto contra a chamada Lei do Silêncio, alvo de críticas da classe artística de Brasília desde que a regulamentação entrou em vigor, em 2008. No vídeo da música “Cidade”, faixa do recente disco “Viva la Evolución!” (2016), quem assiste decide se música é sinônimo ou não de barulho.

    A depender da resposta, o espectador vê um videoclipe diferente. Se disser sim, a banda toca com amplificadores desligados. Se a escolha for não, a música é mostrada em sua forma original, com instrumentos no volume máximo.

    “Quando você limita as casas de show, os bares, a vida noturna em si, a primeira parte que sofre com isso é a cultura. A música é a primeira coisa a ir embora quando vem a Lei do Silêncio”, opina Rafael Maranhão, guitarrista da Trampa.

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    Manifesto interativo
    A Lei 4092/2008 proíbe emissão sonora acima de 55 decibéis após 22h. É um pesadelo para músicos, donos de bares e casas de show. Tanto que vários artistas da cidade corroboram o protesto da Trampa no clipe de “Cidade”.

    Músicos como Lucas Furtado, da banda Scalene, e André Gonzales e Esdras Nogueira, da Móveis Coloniais de Acaju. Juliana Pagul, dona do Balaio Café, também participa do videoclipe. Após sucessivas interdições e multas impostas pela Lei do Silêncio, o espaço foi definitivamente fechado em dezembro de 2015.

    David Murad, diretor de “Cidade”, distribuiu o quinteto em pontos distintos de Brasília, como entrequadra e passarela subterrânea. Uma das locações mais representativas é a Praça dos Prazeres (201 Norte), o “quintal” do extinto Balaio.

    “Pensei em um manifesto em que a gente colocasse na mão das pessoas a questão se música é barulho ou não”, explica o publicitário e criador do bloco de Carnaval Babydoll de Nylon. Ainda em 2017, Murad deve lançar um documentário sobre a turnê da Trampa no Canadá, no fim de 2016.

    Veja o clipe de “Cidade”:

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