Após chuvas, melhoram os níveis dos mananciais em Sorocaba

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Melhoram os níveis dos mananciais
A represa do Ferraz, no Éden, agora está com 35% da capacidade de armazenamento. Crédito da foto: Emidio Marques (28/11/2019)

Desde que o rodízio no abastecimento de água foi iniciado em Sorocaba o nível dos mananciais que mantêm a cidade apresentaram boa recuperação. Conforme o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), as represas Castelinho e Ferraz, que no início de novembro estavam com apenas 8% da capacidade, agora chegaram aos 35%. Já em Ipaneminha, a melhora foi ainda mais significativa, pois o nível do manancial passou de 2% para 80%.

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Na represa de Itupararanga o nível teve queda, mas segue considerado estável. No dia 6 de novembro, quando foi iniciado o rodízio, o manancial, de responsabilidade da Votorantim Energia, estava com 56% de sua capacidade. Na manhã de ontem, mesmo após a chuva forte de quarta-feira, chegou em 46%. Itupararanga é responsável pelo abastecimento de 82% da população sorocabana, além de abastecer também São Roque, Alumínio, Ibiúna, Mairinque e Votorantim.

As chuvas dos últimos dias, de acordo com o Saae, foram fundamentais para a recuperação das represas, assim como as temperaturas mais amenas, que fazem com que o consumo de água seja mais baixo. Na primeira semana do rodízio, iniciado em 6 de novembro, a economia contabilizada pela autarquia chegou em 7,5%. Na semana seguinte os sorocabanos conseguiram poupar 10% e na terceira semana a economia observada foi de 7,9%, quando o período de fornecimento interrompido foi reduzido de 13 para dez horas.

Ainda conforme o Saae, na Estação de Tratamento de Água (ETA) Cerrado, nos últimos dias, choveu 30 milímetros (mm). Já na ETA Éden o volume contabilizado somou 43 mm. Diante dos resultados considerados positivos pela autarquia, amanhã haverá nova análise dos mananciais seguida de reunião com técnicos do Saae. Após essa avaliação será decidido se o esquema de rodízio continuará na cidade nos próximos dias ou não.

Controle de qualidade

Mesmo durante o período de rodízio no abastecimento de água, o Saae informou que segue fazendo o trabalho de monitoramento das represas onde ocorre a captação de água. Denominado Índice de Qualidade da Água (IQA), o programa desenvolvido pela autarquia envolve as represas de Itupararanga e Ipaneminha, que integram o sistema da ETA Cerrado e Ferraz e Castelinho, utilizadas pela ETA Éden, além do rio Sorocaba.

Nesses mananciais, a autarquia realiza coletas mensais da água e em seus laboratórios procede as análises integrantes do IQA, que incluem temperatura, oxigênio dissolvido, pH, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes, nitrogênio, fósforo, sólidos, turbidez, alcalinidade, dureza, cloreto, ferro, manganês e microbiológico.

De acordo com Mauri Pongitor, diretor-geral do Saae, através dessa análise é possível monitorar a qualidade da água que vai para o tratamento e distribuição, detectando possíveis intercorrências e aplicando medidas para corrigi-las. “Além de obtermos parâmetros para afinarmos o processo de tratamento em nossas estações”, explica. A autarquia também informou que mantém rotina diária nas duas ETAs, coletando a água que chega nas unidades por meio das adutoras e realizando análises que incluem pH, cor, turbidez e flúor.

Na manhã de ontem a autarquia deu início ao trabalho de campo de um convênio de pesquisa protocolado com o Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O objetivo do trabalho, de acordo com Pongitor, está relacionado ao estudo dos sedimentos em suspensão nas represas do Ferraz, Castelinho e Ipaneminha. “Por meio dessa parceria, teremos uma avaliação e quantificação da atual situação dos sedimentos que são carreados para esses mananciais, cujos resultados obtidos servirão de ferramenta para a gestão e o planejamento de intervenções necessárias nesses recursos hídricos”, explica. (Larissa Pessoa)

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