Conheça webséries de Brasília selecionadas para o Rio WebFest

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    Divulgação

    Se o YouTube representa a plataforma do momento no vasto mundo de produtos criativos para a internet, o Rio WebFest, realizado na Cidade das Artes (16 a 19 de novembro, no Rio de Janeiro), é o lugar onde estar para ampliar o alcance de conteúdos digitais em vídeo e articular parcerias, contratos de distribuição e até emplacar novos projetos.

    Com cerca de 200 títulos selecionados em sua maior versão, o festival chega à terceira edição distribuído em exibições gratuitas, palestras, encontros de pitching – mesas-redondas com produtores – e mostra competitiva. Brasília está muito bem contemplada com três webséries na disputa e outras espalhadas pela extensa programação.

    Conheça webséries brasilienses selecionadas para o 3º Rio WebFest:

    ARENA

    Categorias indicadas: melhor série dramática, melhor roteiro, melhor ator (Gezinei Rodrigues) e melhor elenco

    Feita por estudantes de artes plásticas, cênicas e de comunicação da UnB, a websérie é a produção brasiliense mais popular na competição. Tanto que figura em sétimo lugar no prêmio de júri popular. A repercussão pode ser explicada pelo conceito simples, mas atraente: histórias sobre, de e para jovens universitários.

    “É uma linguagem que fala diretamente com os estudantes em diversas situações. São jovens relatando os próprios dilemas”, diz Gezinei Rodrigues, 22 anos, indicado ao prêmio de melhor ator. Formado em publicidade e graduando em teatro no Iesb, ele entrou no projeto por meio de um teste de elenco.

    “Cheguei como quem não quer nada. E me chamaram”, resume o goiano radicado em Brasília. Com mais de 70 pessoas envolvidas, ‘Arena’ teve nove episódios e foi concentrada nos criadores e produtores Kallyo Aquiles (também diretor), Cecilia Bastos, Victoria Hoffman, Rafael Stadiniki e Luyla Vieira.

    EIXOS

    Categorias Indicadas: melhor fotografia, melhor maquiagem e melhor série de ação

    Trabalho de conclusão de curso de Carolina Forattini Igreja, Ana Pula Fonseca e Isabel Paganine, egressas do curso de comunicação social na UnB, a websérie revela proposta ambiciosa: em seis episódios, reimaginar Brasília numa ficção científica ambientada em 2060. Quase um “Mad Max” do cerrado.

    “A cidade é muito propício ao gênero, já é estranha, ‘feita’ demais. A gente fez uma pesquisa de lugares desconhecidos e abandonados para as gravações”, explica Carolina, 26 anos, diretora e roteirista que se mudou para São Paulo com objetivo de investir na carreira.

    A ideia de usar o YouTube como plataforma se baseou na facilidade de distribuição e criação. “Podemos fazer nós mesmas sem depender de produtora. Isso dá liberdade para trabalhar narrativa e seriada”, conclui.

    UMA PÁGINA POR DIA

    Categorias indicadas: melhor série documental, melhor roteiro de não ficção, melhor série sobre diversidade e melhor videografia (vinheta de abertura e créditos finais)

    Única série documental entre as produções brasilienses indicadas ao Rio WebFest, o projeto de Camila Castro, 23 anos, e Victoria Cristina Costa, 22, também serviu como trabalho final do curso de comunicação social na UnB.

    Em quatro episódios, “Uma Página por Dia” reúne entrevistas com mães de filhos com síndrome de Down. As conversas vão do primeiro impacto ao saber da condição a histórias de superação.

    “Ficamos nos perguntando: ‘Como deve ser, para uma mãe, descobrir no filho essa condição genética antes mesmo dele nascer?’. Foi aí que optamos não só por retratar a síndrome de Down, mas também por fazer o documentário por meio do olhar das mães”, aponta Camila.

    CANAL SÓ 1 MINUTO

    Categoria indicada: compete em Web Pilot, que envolve a produção, edição e finalização de um episódio piloto de nova websérie durante o festival

    Com mais de 160 mil inscritos no YouTube, o Canal Só 1 Minuto decidiu dar uma pausa ano passado para repensar o conteúdo da plataforma. Antes mais identificado com esquetes de comédia, agora o espaço investe em webséries.

    No Rio WebFest, os integrantes do Só 1 Minuto participam de uma competição de episódios pilotos. Nos três primeiros dias de festival, eles devem gravar, editar e finalizar o primeiro capítulo de uma nova história.

    Curiosamente, a protagonista de “Estrela Solitária”, título escolhido para abrir a série “Só 1 Desejo”, é uma jornalista do site Metrópoles. Ela investiga o desaparecimento de Agatha Silvestre e Bernardo Felinto, os principais atores do canal.

    “Fazemos no formativo inverso. A gente está produzindo o programa para depois captar dinheiro. Já estamos acostumado com a correria da produção. A websérie é mais um desafio”, diz Diego Brandão, diretor que divide o canal em sociedade com Felinto, Guilherme Mello e Roger Troncoso.

    Adriano Siri e Adriana Nunes, humoristas do grupo Os Melhores do Mundo, foram ao Rio para fazer participações especiais no piloto de “Só 1 Desejo”.

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