Contemporâneo de Stieg Larsson, autor sueco da trilogia “Millennium” que morreu antes de desfrutar do sucesso literário, o norueguês Jo Nesbo tenta transformar o detetive Harry Hole, personagem de onze best-sellers, em uma lucrativa franquia de Hollywood. Com Michael Fassbender na pele do policial, “Boneco de Neve” estreia nos cinemas nesta quinta-feira (23/11).
Apesar do inegável sucesso mundial – livros traduzidos para 50 línguas e 33 milhões de cópias vendidas –, Nesbo só teve uma de suas criações adaptadas para o cinema antes de “Boneco de Neve”. Em 2011, o longa norueguês “Headhunters” entrou no mundo corporativo para desnudar um executivo que faz um dinheiro extra como ladrão de obras de arte.
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Desta vez, o voo é mais ambicioso. A trama envolve a investigação de Hole em torno de um serial killer que usa bonecos de neve como cartão de visitas. O desaparecimento de uma vítima marca a chegada da talentosa agente Katrine Bratt (Rebecca Ferguson, vista este ano em “Vida”) para conectar o novo crime a casos de décadas atrás nunca solucionados.
Com orçamento de US$ 35 milhões e uma filiação não oficial à atmosfera sombria de “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” (2011), baseado na trilogia de Larsson, “Boneco de Neve” marca o retorno do sueco Tomas Alfredson à direção após “O Espião que Sabia Demais” (2011) e “Deixa Ela Entrar” (2008).
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Antes das filmagens, Martin Scorsese chegou a ser cotado para comandar a adaptação. Não fechou, só entrou como produtor executivo, mas mandou emissária. Thelma Schoonmaker, montadora de confiança dele há décadas, dividiu a edição de “Boneco de Neve” com Claire Simpson.
Apesar da quantidade de credenciais artísticas atrativas, o filme sofre nas bilheterias – as cifras mundiais mal passam de US$ 37 milhões – e não tem acolhida gentil da crítica.