O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou um comunicado oficial sobre as manifestações instaladas na Venezuela nesta terça-feira (30/04/2019), convocadas pelo autoproclamado presidente Juan Guaidó. O partido condena o que considera uma “tentativa de golpe levada a cabo pela oposição da direita golpista e antichavista”.
O documento diz que “grupos opositores tentam há anos derrubar o governo democraticamente eleito do Partido Socialista Unido da Venezuela”, sigla de Nicolás Maduro. Além disso, afirma que só não teriam conseguido tomar o poder devido ao apoio que a legenda e o sistema do presidente eleito venezuelano “têm junto às pessoas”. Parte da comunidade internacional e opositores venezuelanos afirmam que Maduro fraudou as eleições que lhe garantiram o segundo mandato presidencial e o consideram “usurpador”.
O comunicado afirma que o partido não aceita atitudes antidemocráticas. Para o PT, “a solução dos problemas venezuelanos passa por levantar o embargo econômico internacional de que o país e, principalmente, sua população, são vítimas”.
Confira o texto na íntegra:
“O Partido dos Trabalhadores condena a recente tentativa de golpe na Venezuela, levada a cabo pela oposição da direita golpista e antichavista.
Estes grupos opositores tentam há anos derrubar o governo democraticamente eleito do Partido Socialista Unido da Venezuela. Seu fracasso em alcançar este objetivo é um resultado claro do apoio que o partido e seu governo tem junto às pessoas, após anos de políticas voltadas ao bem-estar da população e contrárias à exploração imperialista e das elites locais.
Não aceitamos atitudes antidemocráticas como estas. A solução dos problemas venezuelanos passa por levantar o embargo econômico internacional de que o país e, principalmente, sua população, são vítimas. É importante que as forças democráticas busquem o caminho do diálogo e levem em consideração a vontade expressa no voto popular.
A paz na Venezuela é uma luta de todas e todos os democratas latino-americanos e do mundo.”
A nota é assinada pela presidente nacional do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR); pelo líder no Senado, Humberto Costa (PE); pelo líder na Câmara, Paulo Pimenta (RS); e pela secretária de Relações Internacionais, Monica Valente.
