“A sacada do Vai Que Cola é a simplicidade”, diz César Rodrigues

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Chega aos cinemas, nesta quinta-feira (12/09/2019), Vai Que Cola – O Começo, segundo filme da trupe do humorístico do Multishow. O longa revela como Ferdinando (Marcus Majella), Terezinha (Cacau Protásio) e Maicon (Emiliano D´Ávila) foram parar na Pensão da Dona Jô. Em conversa com o Metrópoles, o diretor César Rodrigues falou sobre o desafio de “voltar ao passado” dos personagens.

“Contar a origem do Ferdinando, do Maicon, da Terezinha foi algo muito natural. A gente quis resgatar um pouco a trajetória desses personagens”, lembra. Para o diretor, essa característica do filme fica evidente na figura de Tiziu.

O personagem de Fábio Lago nunca apareceu na TV, apenas em “assombrações” para atormentar sua ex-esposa Terezinha. No longa, Tiziu ocupa papel central da trama. “Ele surgiu como uma brincadeira, mas acabou tomando forma”, avalia Caio.


Vai Que Cola – O Começo chega com duas responsabilidades. A primeira é, ao menos, igualar a marca do primeiro filme da trupe do Méier (RJ), que fez mais de R$ 3,2 milhões de bilheteria em 2015. A outra está em superar a saída do humorista Paulo Gustavo do elenco.

“O Paulo faz falta em qualquer lugar, é hoje um dos maiores comediantes do Brasil. Ele foi muito importante no começo, mas sempre tivemos a ideia de que o Vai Que Cola é sobre todos os personagens, sobre essa família que se formou, não apenas baseado em uma figura”, avalia César.

Simplicidade

Vai Que Cola, seguindo a tradição das comédias de auditório do Brasil, busca fazer humor a partir de situações do cotidiano. Ferdinando é o concierge gay, Terezinha encarna a moradora de subúrbio, Dona Jô é a mãe protetora…

César entende que a comédia usa os esterótipos para criar personagens identificáveis. “A grande sacada do Vai Que Cola é a simplicidade. É criar situações e personagens nos quais a audiência pode se ver, se enxergar”, opina.

Mesmo que negue o rótulo do “politicamente correto”, o programa traz algumas inovações. Maicon é o gostosão “burro”, servindo de escada para outros personagens – papel que tradicionalmente era exercido por mulheres.

“A gente não se preocupa muito com isso, mas precisamos dialogar com o público atual, não dá para ser anacrônico”, conclui.

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