Tensão marca toque de recolher no Equador

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No Equador, que já contabiliza 350 mortes pelo coronavírus, o governo impôs um toque de recolher por 15 horas, todos os dias a partir das 14h, para enfrentar a pandemia. E as tensões no país explodem, diariamente, por volta desse horário. Nesse contexto, as denúncias de abusos se multiplicaram nas redes sociais.

Com o toque de recolher, policiais começam a pressionar os moradores. Horas antes, ninguém na Nigéria — um assentamento de herança afro de Guayaquil, epicentro da pandemia no Equador — segue as recomendações contra o novo coronavírus.

O contágio traz um mal menor, dizem seus habitantes, que apontam a falta de comida como o grande problema do confinamento. Essas pessoas conhecem a fome e temem-na mais do que o coronavírus.

“As autoridades dizem às famílias: fiquem dentro de casa, mas não vão além disso. A necessidade que tínhamos antes disso é ainda pior agora”, desabafa o líder comunitário Washington Angulo, de 48 anos, cuja família foi uma das fundadoras do assentamento nos anos de 1980. (AFP)

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