Sorocaba terá serviço telefônico de apoio emocional para atender às pessoas afetadas pela pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (11) pela Prefeitura de Sorocaba, e a ação é destinada à população maior de 18 anos. O serviço começará a funcionar nesta terça-feira (12).
Conforme a administração municipal, o serviço telefônico de saúde mental atenderá de segunda a sexta-feira das 8h às 18h. Chamado de “Escuta acolhedora”, o serviço foi criado pensando nas pessoas impactadas emocionalmente pelo isolamento social e pelos danos psíquicos causados em decorrência da pandemia da Covid-19.
Segundo a Secretaria da Saúde (SES), o serviço telefônico será prestado por psicólogos e terapeutas ocupacionais, e atenderá pelo número 3238-2400. “É um trabalho liderado pela Coordenação de Saúde Mental do município, com apoio da Divisão de Educação em Saúde, através da Residência Multiprofissional de Saúde Mental, com ênfase na Atenção Básica”, diz a pasta.
Ainda segundo a SES, o foco do projeto é oferecer apoio emocional à população em geral afetada pela Covid-19 e também aos profissionais da área de saúde que estão na linha de frente de combate à doença.
De acordo com a pasta municipal, inicialmente, o serviço contará com quatro ramais para atender a população. O atendimento, feito por psicólogo ou terapeuta ocupacional, terá uma duração média de 30 minutos por conta da necessidade do vínculo e abordagem, por tratar-se de uma assistência em saúde mental.
Conforme a coordenadora de Saúde Mental, Eline Vitor, a proposta do “Escuta acolhedora” consiste em oferecer um serviço de teleatendimento em saúde mental. “Começaremos trabalhando na busca ativa para acolhimento dos familiares de pacientes que foram a óbito por suspeita ou confirmação da Covid-19”, afirma.
Durante o contato será realizada a triagem para classificação entre munícipes da população geral, ou de profissionais da saúde. A escuta oferecida terá o foco na diminuição de danos psíquicos.
“Esse atendimento se baseará em aspectos psicossociais em situações de pandemia, que possibilitam enfrentar o desafio de atender um número maior de pessoas, no momento de suas necessidades, auxiliando-as a lidar melhor com seus recursos e limites. Além de ampliar os recursos disponíveis em saúde mental”, destaca Eline.
A SES disse ainda que a proposta é concluir o acolhimento na mesma ligação, porém, se houver uma situação grave que demande mais cuidados e articulações, ocorrerá o encaminhamento da pessoa para o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) ou Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência do usuário para continuidade do atendimento.
Outros locais estão desenvolvendo trabalho semelhante. No Paraná, o governo lançou consultas por meio de aplicativo e site, serviço voltado a todos os municípios do Estado. (Ana Cláudia Martins)
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