Há exatos 86 anos, estreava o curta de animação “A galinha esperta”, estrelado por um pato mal-humorado que viria a se tornar o personagem mais recorrente nas animações de Walt Disney: Donald Fauntleroy Duck, ou Pato Donald para os fãs brasileiros. Para comemorar a data, os canais Disney Channel, Disney Junior e Disney XD transmitirão episódios especiais e, no dia 1º de junho, uma nova temporada de “Ducktales — os caçadores de aventuras” entrou no ar.
É verdade que o personagem já havia sido mencionado três anos antes, em 1931, no storyboard de “As aventuras de Mickey Mouse”, e com um visual muito diferente da icônica boina azul e uniforme de marinheiro que o consagrou nas telas. Mas foi como um dos protagonistas do universo Disney que Donald se tornou um dos personagens mais importantes da história dos quadrinhos e da animação. Tanto é que hoje ele é a criação que mais apareceu em filmes da Disney — mais até que seu mascote, o Mickey Mouse, que surgiu seis anos antes — e é o personagem com mais publicações de HQs, com exceção de super-heróis. Afinal, é difícil competir quantitativamente com oito décadas ininterruptas de Marvel e DC Comics.
A evolução do traço do Pato Donald dependeu de grandes artistas que trabalharam em suas feições. Já na década de 1930, o ilustrador Al Taliaferro, em parceria com o roteirista Ted Osbourne, adaptou o curta “A galinha esperta” e deu prosseguimento às tirinhas e histórias do personagem, lançando as bases para sua caracterização visual inicial, ainda um pouco rudimentar.
No entanto, quem moldou o personagem como o conhecemos hoje, tanto visualmente quanto na narrativa, foi Carl Barks, que criou a cidade de Patópolis e foi construindo as relações entre personagens como o Tio Patinhas, Margarida, Huguinho, Zezinho e Luisinho, estabelecendo, nos anos 1950, o universo do Pato Donald, que receberia ainda algumas contribuições de outros artistas ao longo das décadas. (André Cáceres – Estadão Conteúdo)
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