Com a determinação de fechamento dos serviços não essenciais em Sorocaba, muitas lojas da região central ficaram sem atendimento na manhã desta segunda-feira (22). Foi observado, porém, que alguns lojistas driblaram as regras e seguiram vendendo clandestinamente. Fiscais da Prefeitura de Sorocaba estavam na região central por volta das 10h, porém parados na Praça Coronel Fernando Prestes.
A Prefeitura de Sorocaba foi questionada sobre a atuação dos fiscais e informou que a “Fiscalização da Secretaria de Segurança Urbana (Sesu) esteve na região central da cidade durante todo o período da manhã”. Conforme a pasta, foram verificados todos os estabelecimentos comerciais que estavam abertos, sendo que aqueles com atendimento presencial no interior da loja são os que em seu rol de atividades na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (Cnae) são considerados essenciais, ou seja, vendem produtos alimentícios e de higiene.
Os demais comércios, orienta o município, podem trabalhar no sistema de delivery ou drive-thru, sem o atendimento presencial no interior da loja. “A abordagem inicial teve caráter de orientação e, em caso de reincidência, serão tomadas as medidas administrativas previstas nos decretos municipais. A punição prevista em decreto é a cassação do alvará de funcionamento”, informou.
Enquanto alguns lojistas tentam outras formas para manter as vendas, com cartazes informando sobre possíveis compras online e por WhatsApp, outros estavam funcionando com meia porta aberta. Em alguns comércios, mesmo com as portas completamente fechadas, vendedores ficavam do lado de fora abordando os pedestres e afirmando estar atendendo normalmente.
Além dos serviços essenciais, como farmácias, lojas de material de construção e supermercados, estavam abertas na manhã desta segunda lojas de roupas, de móveis e eletrodomésticos e lanchonetes. As óticas, que também estavam atendendo normalmente, podem abrir, já que foram consideradas como atividade essencial pela Prefeitura de Sorocaba.
Somente o necessário
A dona de casa Euripa Ferreira de Oliveira, 63, conta que precisou ir nesta segunda-feira (22) até o Centro para comprar seus medicamentos e também passou no supermercado e açougue. “Eu tenho evitado sair de casa e faço isso somente quando é necessário”, contou a idosa, que reside no bairro Santo André, na zona norte de Sorocaba.
A autônoma Elisangela Almeida, 42, tinha consulta médica na manhã de segunda-feira e aproveitou a rara saída de casa para passar no supermercado. “Percebi que está tudo fechado de novo e comprei só o essencial”, disse, enquanto aguardava o ônibus para voltar para a casa. (Larissa Pessoa)
O post Lojistas driblam quarentena e fazem venda clandestina no Centro apareceu primeiro em Jornal Cruzeiro do Sul.